Depois de dirigir por um bom tempo, Augusto parou em frente a uma praia onde ele ia muito com seus pais quando menino, depois que estacionou o carro, permaneceu dentro, olhando as ondas que batia fazendo barulho que o trazia lembranças de um tempo no qual ele era muito feliz, já que corria pela aquela areia deixando seus pais exaustos de tanto que corriam atrás dele, coisa que ele sonhava que um dia iria fazer com seu filho. Depois de um tempo ali com suas lembranças, ele saiu do carro tirou os sapatos e as meias, deixando dentro do carro, dobrou as pernas da calça, depois de trancar o veículo saiu caminhando pela areia até que chegou no mar onde molhou seus pés e caminhou ali na margem onde as ondas iam e vinham batendo em seus tornozelos como se quisesse brincar de pega, pega com ele. Aquele momento estava relaxando-o e o fazendo se lembrar do passado e esquecer o presente no qual só estava machucando-o.
O tempo passou e seu celular dentro do carro não parava de tocar, agora até o Breno também estava ligando, pois depois que o Nicolas lhe contou que Augusto, saiu da empresa sem falar com ninguém, e que a Dolores falou que ele já estava descendo pra se encontrarem, todos estavam muito preocupados, depois que o Nicolas o contactou para saber se eles estavam juntos não tinha como não se preocupar. As horas passaram e Augusto não voltou para a empresa, depois que saiu da praia ele retornou para o seu chalé jurando que não ia mais na empresa a não ser que fosse muito necessário, o seu pai que o perdoasse mas nada na sua vida estava fácil. O tempo passou e assim se foram dois meses, nesse período, Augusto não foi nem um dia na empresa. Resolveu tudo que foi possível do seu notebook no chalé mesmo, os assuntos mas urgente Nicolas trazia e eles juntos resolveram. Em uma tarde de sábado, ele precisava comprar algumas coisas que estavam faltando na sua casa e como ele não queria incomodar o amigo Nicolas, por toda vez ele não parar de falar na senhora Bellaver, ele mesmo resolveu ir às compras, e fazer como ele vinha fazendo esses anos todos. Então ele mesmo resolveu ir até o mercado da cidade e comprar, porque ele também não queria incomodar a Irina sua empregada da casa da cidade. já que ela já é uma senhora de quase setenta anos, apesar dela o ter como filho ele não ia lhe incomoda com essas bobagem que ele mesmo pode resolver. E assim ele entrou na sua caminhonete e desceu a montanha seguindo para o mercado comprar o necessário. Ao chegar ele estacionou no estacionamento em frente ao mercado e depois de desligar ele saiu trancado o veículo depois seguiu para o estabelecimento já pegando um carinho pra por as suas compras, distraindo olhando a lista nas mãos e andando, ele sentiu quando um outro carrinho bateu no seu, ao olhar ele se surpreendeu ao ver aquela pequena figura mais uma vez na sua frente fazendo-o viajar no tempo e se lembrar de tudo que aconteceu da última vez que eles se encontraram. Sem saber o que fazer e nem como agir ele só ficou ali paralisado olhando aqueles olhos lindos no qual lhe encantou desde a primeira vez que se conheceram, apesar de não saber o nome daquele menininho tão pequeno, contudo muito esperto, ele dessa vez não o ignorou, pelo contrário, se abaixou ficando da mesma altura do menino e então falou sorrindo: oi você de novo, por acaso você anda me seguindo? —Logo que o ouviu, Jonas respondeu todo feliz afinal desde a primeira vez o que ele mais queria era que aquele homem alto e forte fosse seu pai! Então, com um sorriso no rosto ele logo respondeu: não, eu não estou lhe seguindo só estou fazendo compras com a minha mãe e você, cadê seu filho? —eu só lhe vejo sozinho!Você não gosta de sair com ele?—Não, disse Augusto —não é isso, eu não tenho filho! Então agora que já nos encontramos duas vezes, podemos saber o nome um do outro você não acha? Sim, qual é o seu nome? — perguntou o menino. —Augusto, e o seu? Jonas, Jonas Bellaver. —Nossa, seu nome é lindo mas não está faltando mais…digo mais um sobrenome? Não, o meu nome só leva o sobrenome da minha mamãe, porque eu não tenho pai, e veja só, já que eu não tenho pai e você não tem filho, você não quer ser o meu pai já que eu gostei muito de você? —Augusto, engolir sua saliva e ficou olhando fixamente pro menino sem reação, já que ele não sabe como responder aquela pergunta, depois de um tempo em silêncio Augusto falou pro menino: —bom, eu ia adorar ser seu pai mas você sabe que isso não será possível já que eu nem conheço sua mãe e pra ser seu pai teria que namorar e me casar com ela coisa que jamais vai acontecer já que ela já deve ter alguém que goste, e que também goste dela! Mas nós podemos ser amigos que tal? Aí depois que eu conhecer a sua mãe, e ela deixar, eu posso te levar para o alto da montanha e te mostrar a cidade lá de cima, a noite é muito linda com as luzes acesas! Então amigos?— Augusto falou esticando a mão direita para o menino que depois de pensar por alguns instantes estica a sua mãozinha direita também apertando a mão do homem e falando: ok, por enquanto eu vou aceitar ser só seu amigo, mas eu não vou desistir de lhe convencer de ainda ser meu pai. —Jonas, filho, cadê você? Estou aqui mamãe! —Quando Augusto ouviu aquela voz ele se levantou rápido pra sair Dali antes que aquela mulher o insultasse mais uma vez ou pensasse que ele estava se aproximando do seu filho pra fazer mal como da outra vez. Mas quando ele se virou pra saí daquele corredor, ele chocou o seu carrinho na barriga da mulher que o olhou com raiva, mas que engoliu o xingamento quando viu quem estava conduzindo o carrinho, Afinal agora que ela sabe que ele e o seu patrão não podia mas perde as estribeiras com ele, teria que se controlar e o respeitar, depois de respirar pra se acalmar ela o cumprimentou com educação: boa tarde senhor Bell, nervoso Augusto não a respondeu só consentiu com a cabeça, desviando o carrinho da sua direção, seguiu pelo corredor até que ele ouviu a voz do pequeno Jonas falando: mamãe ele e meu amigo podemos convidá-lo para jantar conosco hoje? Ao ouvir aquelas palavras, ele deu uma parada mas logo em seguida continuou caminhando lentamente, até que ouviu a mulher falar: Jonas, filho, você sabe que hoje nós já temos visita pro jantar, e além do mais nós não temos intimidade com esse senhor, então a resposta é não! Quer saber que tal compramos aquele jogo que você tanto quer — mais mamãe, desse jeito eu não vou ter amigos nunca, você nunca gosta dos que eu gosto! —Jonas, eu não gosto dos amigos, que vejo que você está praticamente me colocando em um encontro às cegas.Como eu já te falei não quero me casar só para te dar um pai e chegar dessa conversa é melhor falarmos de outra coisa ok — tá mamãe, aquela seu amigo vai jantar lá em casa de novo? —Eu não gosto dele, ele não tem paciência comigo nem gosta de me ajudar a montar o meu quebra-cabeça que a senhora me deu outro dia. —Filho só porque ele não gosta de quebrar-cabeça não quer dizer que ele não gosta de você, agora vamos logo porque eu ainda tenho que preparar o jantar. —Do outro lado do corredor, Augusto ouviu toda conversa de mãe e filho, que lhe deixou ainda mais apreensivo só em imaginar que Nicolas, já foi e vai novamente jantar na casa dela. Depois de um tempo ali parado ele respirou fundo e continuou a fazer sua compras, enquanto ele passava de um corredor para outro ele a via mas fingia não lhe ver, quando ela e o menino já tinha pago as compras e já iam saindo, Jonas, saltou da mão dela e correu na sua direção, abraçando suas pernas e falando: eu quero ficar com você! —Sem jeito por aquela situação onde todos presentes os olhavam, Augusto, não soube como reagir paralisado olhando fixamente para a mulher que veio correndo atrás do filho, ela parou diante daquela cena pasma, pois nunca viu seu filho se apegar dessa maneira a um desconhecido, como se a sua vida dependesse daquele homem ao seu lado para viver. Sem saber o que fazer, ela chamou o filho com calma pois ela viu que ele estava bem emotivo, sem falar no homem que parecia bem constrangido com aquela situação: Jonas, amor você está incomodando o senhor Bell! —O nome dele não é Bell mamãe, ele se chama Augusto! É, ele é meu amigo, é eu não quero me separar dele. —Tá então vamos o deixar terminar de fazer o que ele tem que fazer aí então vocês podem conversar, que tal, querido? -—Olhando pro homem Jonas esperou que ele falasse alguma coisa, mas Augusto não conseguia desviar os olhos da mulher, que nesse momento era tão amável. Até que a mulher olhou para ele e depois pro filho levando Augusto seguir seus olhos e encontrar o do menino que o olhava com olhos lacrimejados, o deixando emotivo, ele se abaixou na frente do pequeno Jonas, e falou: vamos combinar uma coisa depois que eu passar as minhas compras pela caixa, eu os levo até sua casa huh, então o que você acha? —Augusto falou olhando pra mulher pra ver se ela estava de acordo. Com os olhos brilhando o menino consentiu com a cabeça, mas não saiu do lado dele até irem pro carro, a caminhonete do Augusto tem quatros lugares onde ele abriu a porta de trás e pegando o menino no colo o colocou no banco de trás depois de colocar o cinto de segurança e fechar a porta, ele abriu a porta do carona pra ela entrar, sem jeito e de cabeça baixa Glaucia entrou e se acomodou colocando o cinto, ela olhou pro filho com um olhar de que em casa nós conversamos.Depois que fechou a porta do carona, Augusto deu a volta no carro seguindo para a porta do motorista, muito nervoso, pensando: —nunca que eu iria imaginar passar por uma situação dessa, ainda mais com essa mulher e seu filho que cismou comigo, e como eu não quero que ele me veja como um homem rude estou tentando amenizar as coisas, mas confesso que estou doido que isso tudo termine logo, —entro e depois de me acomodar e por o cinto de segurança, olho pra ela e pergunto: qual direção devo tomar? — Me desculpe, eu não sei onde fica a sua casa! —Quando nossos olhares se encontraram de tão perto, eu paralisei perdido naqueles par de olhos lindos cor de mel, eu me perdi por completo não querendo deixar de olhá-los nunca mais, fico ali hipnotizado, até que Jonas falou: — Então vamos ou não? — Foi nesse momento que eu e ela nos demos conta que não estávamos sozinhos. Sem jeito ela riu com as palavras do filho, e eu fiquei mais maravilhado ao ver as
Nesse momento na casa da senhora Bellaver, Jonas teve um pesadelo e deu um grito fazendo a mãe deixar um copo que tinha nas mãos cai se estilhaçando no chão, ela nem ligou pros estilhaços de vidros no chão da cozinha, só no grito do filho, ela corre, e ao chegar no quarto o ver se debatendo e suando muito chamando: —Augusto, Augusto por favor não morre, não me deixe, você prometeu ser meu amigo, Augusto vem, volta fica comigo, eu e a mamãe precisamos de você, não vá. — A mãe vendo o filho naquele estado logo percebe que ele está tendo um pesadelo, ela imediatamente começa sacudir seu ombro de leve, chamado-o: —Jonas, filho, acorde e só um pesadelo, Jonas, acorda filho. —Na terceira chamada o menino abre os olhos e fica com o olhar fixo na direção dos olhos da mãe por uns instantes, em segunda fala: — Cadê ele? Cadê o Augusto, cadê meu amigo ele não vai morrer né? — O menino pergunta completamente atordoado. — Como assim filho do que
Depois de um tempinho Breno, voltou. — Oi, e aí alguma notícia... Não por enquanto nenhuma, e o Jonas como ficou lá na sua casa? —o interrompi já falando que não temos nenhuma notícia e já pergunto do meu filho, no qual estou bem nervosa agora não só com o senhor Bell, como também com Jonas na casa de pessoas estranhas, afinal ele ainda é um bebê, e com certeza já já vai sentir minha falta já que nós nunca passamos a noite longe uma de outro. Mas o Breno me tranquilizou dizendo: Glaucia, não precisa se preocupar com o Jonas, ele ficou super bem lá em casa brincando com meus filhos, e a minha esposa está apaixonada por ele, escuta, ele jantou, e comeu a sobremesa de repetir, e depois foi jogar videogame com meus filhos, e nem percebeu quando eu saí, mas qualquer coisa, minha esposa me ligará! Então fique tranquila. — As horas passaram, e nada de notícias do Augusto, eu não sabia se ficava sentada ou em pé, se esse chão não fosse de concreto acho que já tinha fei
Olhando surpresos para ela, eles ficaram mudos, já que não queriam que ela soubesse que o assunto era exatamente ela, Nicolas imediatamente tirando o dele da reta, se despediu falando: bom, eu preciso ir agora tenho algumas coisas pra fazer. —Glaucia e Augusto esse que evitou olha-lá, olhando fixamente para o teto, totalmente imóvel, não falou nada, até que ela se aproximou dele olhando bem nos olhos dele e depois de olhá-lo por um curto tempo ela falou: então, eu estou esperando qual era o assunto que deixou vocês tão assustados quando eu entrei? —Depois de pensar por um tempo ele resolveu abrir o jogo falando: já que você quer saber, eu, eu vou te falar, eu estava brigando com ele o porquê da minha acompanhante ser justo você! E eu mandei ele me trazer outra pessoa porque não quero você aqui! Pronto falei. —Surpresa com a sinceridade dele, ela se afastou sem dizer nem uma palavra e se sentou na poltrona ficando ali em silêncio olhando pela janela e
Sim filho, e porque nós precisamos terminar o projeto logo, para entregar — Vendo o olhar acusador do homem, ela logo procurou se explicar. —E mamãe, mas eu não gosto do jeito que ele fica olhando-a o tempo todo, como se eu não existisse lá também, e naquele dia, ele falou pra eu deixar de ser chato e ir para o meu quarto e deixar vocês em paz. —O que! Como eu não ouvir isso? — Você tinha ido levar os pratos pra cozinha! —Ao ouvir os relatos do menino Augusto, ferveu por dentro, naquele momento ele viu claramente as intenções do sujeito. — Tentando disfarçar o que estava sentindo ele logo falou: — Então Jonas,sua mãe me contou que você sonhou comigo! —Sim! — E como foi? — Perguntou Augusto tentando se acalmar. —Nossa, foi horrível! Eu te via deitado em uma cama, e você estava coberto de sangue, mas eu não conseguia me aproximar, porque tinha uma porta de vidro na qual ninguém conseguia passar pra te salvar. Eu gritava, mas você não
Depois que Nicolas saiu levando o pequeno Jonas, o clima no quarto se tornou novamente constrangedor, Glaucia evitou o máximo de se aproximar e olhar para Augusto, que logo percebeu o seu desdém, se culpando por ter sido rígido com ela mais cedo. Querendo chamar sua atenção ele se mexeu na cama e deu um gemido no qual ela logo se aproximou perguntando: o que houve, você está bem, o que você está sentindo? —Está sentindo alguma dor? —Quer que eu chame alguém? Não, foi só um mau jeito, eu estou bem obrigado! Você não está cansada de ficar nessa poltrona? —Porque, quer que eu vá embora? —ela pergunta irritada. —Ao ouvi-la responder com um tom de voz tão malcriado, ele logo se explicou dizendo: Calma, eu só estou me sentindo culpado por você está dormindo nessa poltrona, mas já entendi…já entendeu o que posso saber? —Mais uma vez com tom malcriado ela o interrompeu. —Nada! Nada não! —Como nada não, agora eu quero saber, anda, fala de uma vez
Ao chegar em casa, Glaucia entrou e se jogou no sofá, mas logo depois de respirar fundo ela sentiu falta de Augusto, coisa que ela estranhou, já que esses dois dias juntos só fizeram brigar. Exausta, ela levantou e seguiu pro banho, antes que Nicolas chegasse com seu pequeno, já debaixo do chuveiro ela não pode deixar de lembrar da pergunta que Augusto fez sobre o pai do Jonas, coisa que, o que ela mais quer é esquecê-lo por odiá-lo tanto. Ela se lembra da noite que tudo aconteceu, de como ele a tratou e depois a deixou chorando no escuro naquele quarto. Sacudiu a cabeça pra se livrar daquelas lembranças que foi o pior momento de sua vida, pois perde sua virgindade daquele jeito, ninguém merece passar por isso, saiu do banho, se enxugou e vestiu uma calça de moletom rosa, com um blusa de manga curta branca, um chinelo, se sentindo bem melhor e confortável, respirando fundo pensou. —Agora o que mais quero é me jogar na cama e dormir muito com meu filhotinho a
Os dias passaram e logo chegou o fim de semana, Jonas, estava muito ansioso em ir para a casa do seu amigo Augusto, não só porque iria vê-lo mas que também iria poder brincar com duque, e também iria passar o dia com os novos amiguinhos Leo e Camila. Já na casa Bell, Augusto, acordou muito melhor e bem animado por ter chegado o final de semana e ele teria movimento naquela casa enorme, e sem vida. E ainda por cima iria não só ter as crianças correndo por toda parte com seu cachorro, como também iria ver a topetuda da mulher que anda tirando seu sono, e mexendo com sua estrutura. Logo depois de tomar seu café ele posicionou sua cadeira de rodas perto da janela, já que dali dava pra ele ver a entrada, e assim iria ver o momento que…Ding dong — a campainha tocou despertando Augusto que lia seus e-mails — Jonas chegou todo animado, contudo, Glaucia não entrou, deixou o filho e voltou no mesmo táxi sem nem ao menos entrar, nem pra ver como ele estava, no qual ficou bem