Depois de um tempo Augusto se rendeu desviando o olhar e disfarçando olhando para uns papéis em cima da sua mesa dizendo: vejo quantos documentos eu tenho que revisar, então se a senhora me dê licença —ele falou fazer gesto com a mão direita pra porta na qual a mulher olhou e não saiu ao contrário se aproximou da mesa dele dizendo: olha eu sinto muito por não saber quem voc…digo o senhor era, eu realmente não pesquisei nada sobre o senhor só me mandaram vir pra cá mesmo sem me perguntar se eu realmente queria vir, então me desculpa por tudo, mas eu realmente preciso desse trabalho por isso, só por isso, que eu acabei vindo, como o senhor já viu eu tenho um filho e só somos nós dois na vida, então eu lhe peço se o senhor não me quiser aqui tudo bem só me manda de volta pra onde eu estava, mas não me demite eu aceito qualquer outro castigo menos ficar desempregada, ainda mais agora que meu filho…o que tem ele?
—Nada, me desculpe, mas não é da sua conta eu como o meu filho, falando demais! Então o que o senhor vai resolver?—Bom, como a senhora mesmo disse que não gostou dessa cidade, presumo que a senhora deseja muito voltar para sua cidade e pro seu antigo trabalho —sim, Sim, isso é o que eu mais desejo nesse momento, porque se o senhor me mandar de volta meu chefe lá não vai ter motivos para me demitir por eu estar com má vontade de estar aqui! — "Certo entendo, contudo, que pena a senhora não vai voltar e eu não sinto muito por isso, já que esse será o seu castigo, como a senhora mesmo falou, aceitava qualquer um né mesmo!" — Eu não acredito nisso…—como é? —Nada, está tudo bem! Então quando eu começo?—Bom, já era pra ter começado se não estivesse aqui conversando fiado. —O que, senhor Bell, o senhor realmente…—Olha, pense bem no que vai falar, pois de agora em diante suas palavras podem gerar sua demissão! —Sem falar mais nenhuma palavra ela se virou e saiu batendo a porta. Augusto ficou ali parado mas do nada apareceu um sorriso de canto de boca nesse momento, Nicolas entrou e não pode deixar de perceber um sorriso no rosto do amigo, como ele era muito debochado, falou: uau, realmente eu vi um sorriso aí na sua boca? Nossa meu amigo quem é essa mulher que o fez rir depois de cinco anos. Não brinca Nicolas, eu não estou de brincadeiras, então trouxe o que eu te pedi? Sim, aqui está! Mas o que você está procurando não está aí, e sim na cabeça dela, e você só vai tirar de lá se aproximando dela! Então o que vai ser vai mesmo deixar esse peixão solto por essa fábrica cheia de gaviões, incrusivel eu, afinal ela é linda! Nem parece que tem um filho! —Nicolas, se realmente você acha isso pode ficar à vontade! —Jura, ok, então, hoje mesmo a chamarei para um café e se tudo der certo a levarei pro meu apartamento. —O que como assim você não está pensando fazer dessa mulher mais uma que passa pela sua cama né Nicolas, lembrasse que ela não é daqui e não te conhece então não a magoa, eu não quero ter que mandá-la volta por sua causa, então eu te aconselho ficar bem longe dela. —Ah Augusto pode ficar sossegado eu sei como fazer, e te prometo que não vou magoá-la, ok —Nicolas não me faça ter que te substituir aqui na empresa se você se aproximar e magoar essa mulher e o filho dela nossa amizade vai acabar, você me escutou! —Sim, tudo bem vou tentar me manter bem longe, mas se eu não conseguir garanto que vai valer a pena perder meu emprego por uma noite com essa deusa de olhos cor de mel —dizendo isso, Nicolas sai do escritório rindo deixando o amigo e chefe muito nervoso, sem saber o porque ele está se sentindo daquele jeito. Já a senhora Glaucia Bellaver foi levada para o sua sala e lá sentada na sua cadeira bufou com muita raiva do homem que tem o dom de lhe tirar do sério com a sua simples existência. Enquanto isso, na sua sala Augusto, lia a ficha da senhora Bellaver e descobriu que ela também não tinha pai, já que não consta o nome do seu pai na sua ficha, só o da mãe que já é falecida, e pelo tempo ela deveria ser uma moça de apenas dezoito anos! —O que mais nós temos em comum, senhora Bellaver? Será que você também é uma mulher frustrada como eu? Isso explicaria esse seu jeito agressivo. Uns se isolam e outros se tornam o que não gostam de ser. —As horas passaram e Augusto foi embora mas o caminho todo ele não conseguia parar de pensar na petulância daquela mulher entrando na sua sala sem ao menos ser chamada! Pensando nisso ele jurou não se aproximar mais dela, já que isso está lhe tirando a paz, que ele tanto preserva! Já quase em casa ele ligou o bluetooth e fez uma ligação para o Nicolas, assim que a ligação foi atendida no primeiro toque ele falou: oi Nico, então como estão as coisas por aí?—Ao ouvir aquela pergunta do amigo Nicolas rir sem som e fala: como assim Augusto, você saiu daqui agora e já sabe que está tudo bem! O dia foi perfeito, principalmente pra mim! —Como assim, o que você quer dizer com isso?—Nada não, depois eu te conto deixa acontecer primeiro, senão você pode azarar com o meu encontro! —O que então agora eu sou azarento e principalmente com os encontros dos meus amigos! Uau nossa em que eu me tornei de um mulherengo fui ao marido fiel e agora dou azar aos amigos, ok Nicolas, pode deixar eu não quero mais saber da sua vida pessoal e sim da fábrica e da empresa então eu vou ser direto, como a senhora Bellaver se saiu no seu primeiro dia de trabalho? —Ah sim, então era isso que você queria saber, porque não perguntou logo, não precisava fazer esse rodeio todo pra saber sobre isso, afinal você é o chefe e tem todo direito de perguntar sobre tudo, ela está se saindo muito bem?—Ok Nicolas, agora e você que está enrolando, basta você me responder direito também como ela se saiu eu preciso saber já que ela está na avaliação eu ainda estou pensando se ela fica ou não aqui nessa cidade, por isso pense bem o que você vai fazer com ela, pois isso pode acelerar a partida dela! O que, não você não será capaz de fazer uma barbaridade dessas né Augusto?—Não sei, isso vai depender do comportamento dela ou melhor de vocês dois. Meu Deus, desde quando você se tornou esse monstro?—Eu monstro hahahaha essa é boa, se eu realmente fosse, você iria saber, desde quando eu me tornei um monstro pra vocês? —Calma Augusto, eu só estou brincando pra descontrair, cara, então vamos beber lá na loja do Breno depois que ele fechar? Não, não, eu quero ir pra casa o dia hoje foi bem exaustivo e também tem o duque que já deve estar se sentindo sozinho por ficar trancado o dia inteiro. — Ok,ok, vá lá ficar com o seu cachorro e na sua solidão e deixa que dar senhora Bellaver, cuidado eu… Nicolas —oi fala Augusto! Veja bem o que você vai fazer, ok! Não vai magoá-la lembrasse que ela está começando uma vida nova em uma cidade diferente e por falar nisso eu quero que você ajude-a com suas instalações, e escola pro filho, e quero isso pra ontem entendeu, isso é a sua missão agora, já a sua vida pessoal com ela eu não quero saber só te aviso se ela vier se queixar de você no local de trabalho, você será demitido.Dito isso, Augusto, nem se despediu simplesmente desligou e se concentrou na estrada que já estava chegando ao seu destino! Enquanto isso Nicolas ficou rindo e falando: ah Augusto, como você ficou lento a ponto de não descobrir quando uma mulher te interessa? E que a mesma também está interessada em você! Eu vou te estigar até você reconhecer, e não aguentar mais de ciúmes da senhora Bellaver. No meu ver vocês nasceram um pro outro.Augusto chegou em casa e assim que abriu a porta do seu chalé no alto da montanha onde o ar era totalmente puro por ser rodeado de muito verde, aquelas árvores enormes que apesar de lhe deixar em total isolamento também lhe traz muita paz, que é o que ele mais necessita neste momento, já que não saber porque não consegue para de pensar e nem tirar a senhora Bellever da sua cabeça, onde ela está lhe tirando o sua paz e ocupando totalmente a sua mente dia e noite, pensando na conversa que acabou de ter com Nicolas ele fica pensando porque está com raiva de saber que o Nicolas está querendo se aproximar dela? e porque ele está com esse sentimento já que há anos ele não sente isso por ninguém! Sacudindo a cabeça ele tenta não pensar mais nisso e nem que conheceu essa mulher tão topetuda como ele nunca viu. Ao abrir a porta é recebido pelo seu único companheiro de muito anos, duque pula nas suas pernas com muita saudade, apesar dele já saber que de vez em quando seu dono
Depois de dirigir por um bom tempo, Augusto parou em frente a uma praia onde ele ia muito com seus pais quando menino, depois que estacionou o carro, permaneceu dentro, olhando as ondas que batia fazendo barulho que o trazia lembranças de um tempo no qual ele era muito feliz, já que corria pela aquela areia deixando seus pais exaustos de tanto que corriam atrás dele, coisa que ele sonhava que um dia iria fazer com seu filho. Depois de um tempo ali com suas lembranças, ele saiu do carro tirou os sapatos e as meias, deixando dentro do carro, dobrou as pernas da calça, depois de trancar o veículo saiu caminhando pela areia até que chegou no mar onde molhou seus pés e caminhou ali na margem onde as ondas iam e vinham batendo em seus tornozelos como se quisesse brincar de pega, pega com ele. Aquele momento estava relaxando-o e o fazendo se lembrar do passado e esquecer o presente no qual só estava machucando-o. O tempo passou e seu celular dentro do carro não parava de t
Depois que fechou a porta do carona, Augusto deu a volta no carro seguindo para a porta do motorista, muito nervoso, pensando: —nunca que eu iria imaginar passar por uma situação dessa, ainda mais com essa mulher e seu filho que cismou comigo, e como eu não quero que ele me veja como um homem rude estou tentando amenizar as coisas, mas confesso que estou doido que isso tudo termine logo, —entro e depois de me acomodar e por o cinto de segurança, olho pra ela e pergunto: qual direção devo tomar? — Me desculpe, eu não sei onde fica a sua casa! —Quando nossos olhares se encontraram de tão perto, eu paralisei perdido naqueles par de olhos lindos cor de mel, eu me perdi por completo não querendo deixar de olhá-los nunca mais, fico ali hipnotizado, até que Jonas falou: — Então vamos ou não? — Foi nesse momento que eu e ela nos demos conta que não estávamos sozinhos. Sem jeito ela riu com as palavras do filho, e eu fiquei mais maravilhado ao ver as
Nesse momento na casa da senhora Bellaver, Jonas teve um pesadelo e deu um grito fazendo a mãe deixar um copo que tinha nas mãos cai se estilhaçando no chão, ela nem ligou pros estilhaços de vidros no chão da cozinha, só no grito do filho, ela corre, e ao chegar no quarto o ver se debatendo e suando muito chamando: —Augusto, Augusto por favor não morre, não me deixe, você prometeu ser meu amigo, Augusto vem, volta fica comigo, eu e a mamãe precisamos de você, não vá. — A mãe vendo o filho naquele estado logo percebe que ele está tendo um pesadelo, ela imediatamente começa sacudir seu ombro de leve, chamado-o: —Jonas, filho, acorde e só um pesadelo, Jonas, acorda filho. —Na terceira chamada o menino abre os olhos e fica com o olhar fixo na direção dos olhos da mãe por uns instantes, em segunda fala: — Cadê ele? Cadê o Augusto, cadê meu amigo ele não vai morrer né? — O menino pergunta completamente atordoado. — Como assim filho do que
Depois de um tempinho Breno, voltou. — Oi, e aí alguma notícia... Não por enquanto nenhuma, e o Jonas como ficou lá na sua casa? —o interrompi já falando que não temos nenhuma notícia e já pergunto do meu filho, no qual estou bem nervosa agora não só com o senhor Bell, como também com Jonas na casa de pessoas estranhas, afinal ele ainda é um bebê, e com certeza já já vai sentir minha falta já que nós nunca passamos a noite longe uma de outro. Mas o Breno me tranquilizou dizendo: Glaucia, não precisa se preocupar com o Jonas, ele ficou super bem lá em casa brincando com meus filhos, e a minha esposa está apaixonada por ele, escuta, ele jantou, e comeu a sobremesa de repetir, e depois foi jogar videogame com meus filhos, e nem percebeu quando eu saí, mas qualquer coisa, minha esposa me ligará! Então fique tranquila. — As horas passaram, e nada de notícias do Augusto, eu não sabia se ficava sentada ou em pé, se esse chão não fosse de concreto acho que já tinha fei
Olhando surpresos para ela, eles ficaram mudos, já que não queriam que ela soubesse que o assunto era exatamente ela, Nicolas imediatamente tirando o dele da reta, se despediu falando: bom, eu preciso ir agora tenho algumas coisas pra fazer. —Glaucia e Augusto esse que evitou olha-lá, olhando fixamente para o teto, totalmente imóvel, não falou nada, até que ela se aproximou dele olhando bem nos olhos dele e depois de olhá-lo por um curto tempo ela falou: então, eu estou esperando qual era o assunto que deixou vocês tão assustados quando eu entrei? —Depois de pensar por um tempo ele resolveu abrir o jogo falando: já que você quer saber, eu, eu vou te falar, eu estava brigando com ele o porquê da minha acompanhante ser justo você! E eu mandei ele me trazer outra pessoa porque não quero você aqui! Pronto falei. —Surpresa com a sinceridade dele, ela se afastou sem dizer nem uma palavra e se sentou na poltrona ficando ali em silêncio olhando pela janela e
Sim filho, e porque nós precisamos terminar o projeto logo, para entregar — Vendo o olhar acusador do homem, ela logo procurou se explicar. —E mamãe, mas eu não gosto do jeito que ele fica olhando-a o tempo todo, como se eu não existisse lá também, e naquele dia, ele falou pra eu deixar de ser chato e ir para o meu quarto e deixar vocês em paz. —O que! Como eu não ouvir isso? — Você tinha ido levar os pratos pra cozinha! —Ao ouvir os relatos do menino Augusto, ferveu por dentro, naquele momento ele viu claramente as intenções do sujeito. — Tentando disfarçar o que estava sentindo ele logo falou: — Então Jonas,sua mãe me contou que você sonhou comigo! —Sim! — E como foi? — Perguntou Augusto tentando se acalmar. —Nossa, foi horrível! Eu te via deitado em uma cama, e você estava coberto de sangue, mas eu não conseguia me aproximar, porque tinha uma porta de vidro na qual ninguém conseguia passar pra te salvar. Eu gritava, mas você não
Depois que Nicolas saiu levando o pequeno Jonas, o clima no quarto se tornou novamente constrangedor, Glaucia evitou o máximo de se aproximar e olhar para Augusto, que logo percebeu o seu desdém, se culpando por ter sido rígido com ela mais cedo. Querendo chamar sua atenção ele se mexeu na cama e deu um gemido no qual ela logo se aproximou perguntando: o que houve, você está bem, o que você está sentindo? —Está sentindo alguma dor? —Quer que eu chame alguém? Não, foi só um mau jeito, eu estou bem obrigado! Você não está cansada de ficar nessa poltrona? —Porque, quer que eu vá embora? —ela pergunta irritada. —Ao ouvi-la responder com um tom de voz tão malcriado, ele logo se explicou dizendo: Calma, eu só estou me sentindo culpado por você está dormindo nessa poltrona, mas já entendi…já entendeu o que posso saber? —Mais uma vez com tom malcriado ela o interrompeu. —Nada! Nada não! —Como nada não, agora eu quero saber, anda, fala de uma vez