ANA MARIA
— Tem certeza, minha filha. Não quer passar um tempo aqui para ficar melhor, dizem que colo de mãe cura tudo, e essa velha adoraria mimar você.
— Tudo que eu mais queria, mãe. Mas, tenho que ir, tem esse novo trabalho que vou começar amanhã e não posso faltar com a palavra.
— Eu não vou sair daqui, espero que você venha me visitar mais vezes, agora que estou só.
— Tudo vai dar certo e eu vou levar você comigo, mãe.
— Eu estou velha, meu amor, e amo meu cantinho aqui. Não precisa se incomodar comigo.
— Mãe eu andei de cavalo, o tio me colocou no cavalinho.
Ela entrou na cozinha, onde estava com minha mãe, ofegante, suada e descabelada, rindo no colo do Doni, que ostentava um sorriso orgulhoso.
— Cavalinho?
— Uma égua anã, é sucesso com a criançada das redondezas. Ela estava tristinha e eu queria animar um pouco.
— Obrigada, Doni, muito gentil de sua parte.
— Faço com prazer — sorriu gentilmente.
Ficamos aguardando Felipe chegar e não demorou muito, chegou de cara f