ANA MARIA
Miguel dormia calmamente na cama do hospital, enquanto eu o observava.
Na noite passada o médico fez alguns exames e disse que hoje, na parte da manhã, nos traria todos os resultados juntos para dar um diagnóstico claro sobre seu estado.
Espero que fique tudo bem, desejo o melhor para ele.
Uma enfermeira passou e me entregou um kit para a minha higiene pessoal, agora de manhã. Nem para isso eu tinha me preparado.
Quando o carro chegou lá em casa, eu apenas troquei Malú e Felipe, que estava comigo, também veio. Ainda bem que ele veio e pôde passar a noite cuidando da minha filha, para que eu pudesse acompanhar Miguel.
Ainda cheguei aqui e encontramos sua mãe no corredor, ela não fez questão de ser gentil e foi embora logo em seguida.
Não entendo como o pai, uma pessoa tão agradável e gentil, suporta uma mulher tão mesquinha e amarga como ela.
Depois de usar o banheiro, que ficava no quarto, voltei e Miguel já estava acordado.
— Bom dia, meu mel.
— Bom dia.
— Vem cá,