47. Mistérios
Alice
Salgom dá uma golada na sua bebida, seca a boca com o guardanapo e com o olhar fixo em mim diz:
— Pelo contrário, filha, o papai gostou e muito de conhecer a sua professora. Não é verdade, Alice? — Salgom fala e lança um olhar repleto de segundas intenções
Engulo seco e dou de ombros tentando demonstrar indiferença, e apenas falo:
— Se o senhor diz, deve ser assim.
Robson observa tudo e era óbvio que já havia percebido que as coisas estavam estranhas por ali, e que nada era como parecia ser. Então ele logo interfere:
— Não se preocupe com o horário, Alice. Assim que você terminar de contar a história para Sophia, eu te deixo em casa. — Robson diz carinhoso segurando a minha mão
— Não quero dar mais trabalho. — falo sem jeito puxando a mão de volta e tentando evitar um contato visual com aquele maldito sujeito sentado a minha frente que nos fuzilava com o olhar
— Você não dá trabalho algum, Alice. E, outra, ficarei feliz em fazer algo por alguém que gosta de verdade da minha sob