Meu Deus do céu, se tem uma coisa que eu entendo menos do que os surtos de Lucas, é futebol. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo naquele jogo. Só sabia que, de alguma forma, a gente estava ganhando. O pessoal gritava, pulava, vibrava… e eu ali sentada, plena, fingindo costume. Por dentro? Um pouco de orgulho, confesso. Mas por fora, pose de mármore.
O celular vibrava de vez em quando, e eu corria para ver se era da minha tia. Pedro estava ótimo, claro. Na verdade, ele adorava ficar com ela. Provavelmente já devia estar brincando com os brinquedos que ela comprou só para ele. Fiquei aliviada, mas logo voltei a focar no campo.
Foi aí que Lucas fez um gol. A gritaria foi ensurdecedora. A arquibancada parecia que ia desabar. Todo mundo levantou, pulou, vibrou. Gabriela gritou como uma descompensada. Eu? Não me movi. Continuei sentada, com a cara mais tranquila do mundo. Por dentro, claro que comemorei. Um sorrisinho de canto escapou, mas foi só isso. Orgulho não permite mais do