O cheiro do alfa permeava o ar, e Marlen inalou profundamente, fechando as pálpebras, saboreando o cheiro que invadia o seu espaço: era dominante, másculo, e ela achava-o excitante, mesmo que não se lembrasse porquê.
"É delicioso." Permitiu-se, sem pudor, apreciar aquele cheiro único entre todos os presentes.
No entanto, a razão lutava contra a irracionalidade dos seus sentidos e, com um sobressalto de consciência, repreendeu-se mentalmente por ter deixado os seus pensamentos vaguearem daquela forma:
"Como é que eu consigo embebedar-me assim? Que raio estou a fazer?"
"Não me posso dar ao luxo de achar o rei das pulgas atraente", repreendia-se, ao mesmo tempo que se esforçava por desviar o olhar do homem que, para ser sincera, achava bastante bonito.
Entretanto, Diamantím, no meio da azáfama e das luzes do salão, no meio dos sussurros de seda e dos suspiros contidos de uma multidão expetante, observava maravilhado.
-Agora é a vez de os noivos dançarem", anunciou maliciosamente, para se