VINCENTSamantha enchia minha cabeça de questões que, embora naquele momento eu considerasse muito pertinentes, depois percebi que não eram o meu problema.Confundi meus próprios desejos e sonhos com os do meu amigo e Alfa.As prioridades de Cedrick tinham mudado, e eu não soube entender isso.Me deixei manipular pela conveniência daquela mulher.— Não posso te ajudar a falar com Raven — disse a ela o que tantas vezes sonhei em responder naquela ocasião.— Mas... eu sei que você é amigo de Cedrick, meu pai pode apoiá-lo. Entenda que ninguém vai querer uma Centuria como Rainha. Cedrick vai afundar seus sonhos na lama por uma obsessão — ela me disse ansiosa, tentando me convencer.A encarei com atenção.Isabella me alertou que meus pensamentos aqui eram parte realidade, parte distorção dos meus próprios desejos — que eu tinha o controle sobre minhas decisões, mas precisava ter muito cuidado.Dentro deles também se escondia a sombra de Silvana, à espreita, tecendo armadilhas, esperando m
VINCENTEu deveria estar no meu mundo ideal, afinal, consegui o que sempre desejei.Uma companheira pra mim, alguém que preenchesse minha alma solitária.No entanto, me sentia mais vazio do que nunca.Libertamos a matilha de Clárens e a levei comigo pro castelo. Essa noite, eu marcaria ela como minha.As mãos dela tocavam meu corpo e sua boca beijava meu pescoço.O quarto deveria parecer quente e excitante, mas pra mim era como uma caverna gelada.— Vincent, você me deixa louca, meu lobo — ela geme no meu peito e se afasta pra começar a se despir.É uma mulher linda, mas enquanto olho pra ela, só consigo pensar que gostaria que o cabelo fosse vermelho-fogo, os olhos azuis e sedutores, a boca mais atrevida e sensual.Baixo o olhar... e aqueles não são os seios enormes que me deixam completamente duro e que eu sonho em me afogar entre eles. A pele do ventre não é tão branca, nem tão macia.A boceta dela não me enlouquece nem me domina ao ponto de me fazer gozar só de imaginar ela aberta
NARRADORAVincent não gostava de contato com ninguém — isso era o normal. Só uma certa loba ruiva podia babar nele o quanto quisesse.— Respondendo à sua pergunta, acho que a prova de fogo seria estar perto da sua companheira e ver se consegue absorver as chamas dela sem machucá-la. Se conseguir, então é o dono da Flor Devoradora — Isabella se levantou, alisando a saia do vestido.— Acho que foi menos dramático do que imaginávamos.— Vamos testar mais tarde. Só posso agradecer — Vincent se curvou diante deles. — Não importa se funcionou ou não, agradeço pela ajuda.— É pra isso que servem as famílias. Descanse, Vincent. Acho que o pesadelo acabou — Aidan disse, conduzindo-o até a porta.Vincent parecia exausto, física e mentalmente. Já de costas, estava prestes a alcançar a maçaneta da porta.Seus olhos escuros fixaram o metal, e de repente um sorriso astuto se desenhou no canto dos lábios.Tinha valido a pena esperar. Isso era só o começo. Ele escaparia, se esconderia para regenerar
NARRADORAUma linda rosa negra no centro do quarto — nada a ver com a imagem horrenda que sempre tinha mostrado.Aquele era o feitiço original, sem a contaminação da maldiçã0 de Silvana, nem magia negra.Parecia uma vitória: os ataques cessaram e a porta se fechou com força atrás das costas dele. No entanto, um último obstáculo ainda o impedia.Vincent olhou pro buraco gigante aos seus pés, que tomava quase todo o chão do quarto.Restava apenas um pedacinho de chão onde ele estava parado e, depois, um abismo negro — uma queda infinita — e no meio daquela armadilha mortal, flutuava o poder que o Beta tanto desejava dominar.— Claro que não podia ser fácil, né? Alguém aí me odeia com força — suspirou com sarcasmo.Guardou as adagas nos lados das botas de couro e calculou a distância.Era grande demais. Quase impossível.— Você vai ser minha, sua flor maldit4, porque eu vou ter minha companheira nos meus braços, e ninguém mais vai me impedir de ser feliz.Declarou entre dentes, e seus ol
AIDANEu tinha razão. Isabella e Lisa descobriram que uma das convidadas tinha ido à meia-noite seduzir o ferreiro do Obsidar para pedir que ele forjasse um artefato pra ela.— Minha irmã deve estar cuspindo fogo — apertei a ponte do nariz, pensando que papai ia me matar por não ter cuidado bem dela nessa loucura toda.— Não importa. Eu vou trazê-la de volta. Depois de tanto tempo, finalmente voltarei pra casa, e desta vez, nada nem ninguém vai me separar da minha fêmea — Vincent nos disse com a voz decidida.Voltei com ele, levando minha Isabella para que meus pais a conhecessem.Depois disso, tínhamos decidido continuar explorando o mundo com nosso Drakmor, que agora nos esperava na sua caverna.Aumentaríamos nosso nível de magia e nos amaríamos em liberdade, sem pressões, até que os deveres nos chamassem de volta pra casa.*****NARRADORA— Amber, vou te enviar pra matilha de High Mountain pra representar a família real na cerimônia de posse do novo Alfa — Cedrick entrou no quarto
VINCENTVejo Scarlett me farejando e me procurando entre as árvores.Ouço bem perto os passos de Amber nos seguindo, e eu as fui guiando exatamente até onde quero levá-las.Sorrio enquanto me escondo mais e brinco com minha amada companheira.Nunca fui tão feliz, tão livre, sem preocupações na mente, sem o medo de machucá-la ao liberar meus verdadeiros desejos.Quando menos espera, salto sobre ela saindo de trás de uma árvore.Ela se assusta e tenta se afastar. Sei que, apesar da raiva, Scarlett não quer me machucar, mas eu sim quero me queimar lentamente com suas chamas.A agarro com força e o calor escaldante arde na minha pele, mas finalmente ponho à prova esse maldit0 poder que tanto me custou conquistar.A aperto contra meu peito, encarando seus olhos azuis em chamas — como todo o seu corpo, que tem a forma de uma enorme loba azul envolta em fogo.Ouço ela choramingar e tentar se soltar.— Não, lobinha, agora você é minha e nunca mais vou deixar você ir, Scarlett — murmuro no seu
VINCENTEle aproxima a testa e encosta na minha.— Quero fazer amor com você, Amber Walker. Hoje, você será minha mulher e levará minha marca para sempre. Me entregue o que me pertence, o que é meu e que a Deusa criou só para mim.Seus lábios roçam os meus enquanto me provoca, e eu me derreto contra ele.— E se agora for eu quem não quer que você me toque?— Então devia disfarçar melhor, porque o cheirinho doce que sai da sua boceta tá me dizendo que essa cremosa tá pronta pra ser comida pela minha boca — ele lambe meus lábios e os suga, mordiscando com os caninos afiados.Gemo desesperada por ser devorada, por sentir sua língua me penetrar e me beijar fundo, mas ele para e me deixa esperando o beijo.Abro os olhos de leve e vejo ele me observando de perto, com deboche nos olhos escuros.— Vincent! — reclamo dando um tapa leve no peito dele, morrendo de vergonha por ter sido pega no flagra como uma tarada.Como esconder o quanto esse moreno me enlouquece? É impossível pra mim.— Vem,
AMBERNossos corpos nus devem estar deslumbrantes nadando pelas profundezas do poço, que se interna nas entranhas da enorme montanha, através de uma caverna submersa.Os raios de lua se filtram pela água criando um efeito visual lindo e etéreo.A mão de Vincent nunca soltou a minha enquanto nadávamos até sair do outro lado, no interior escuro e úmido de uma caverna subterrânea.— Vem, eu te carrego pra não machucar seus pés — ele propõe quando saímos da água.Há apenas escuridão ao nosso redor, mas conseguimos ver os detalhes com nossos olhos de lobos.— Não, posso andar. Estar tão perto de você agora é muito perigoso — respondo sorrindo e voltando a segurar sua mão.— O quê? Tá com medo de eu pular em cima de você feito um lobo feroz? — ele pergunta, e me surpreendo, porque nunca o vi tão brincalhão, tão relaxado, sem aquela testa franzida de sempre.— Não, meu amado Beta, tenho medo de ser eu quem vá pular em cima de você e te estuprar feito uma loba no cio — me inclino e sussurro s