137. O ANTÍDOTO
NARRADORA
Mesmo assim, o Rei se levantou de repente para enfrentá-la e a empurrou sobre a cama como um lunático, quase espumando pela boca.
Seus olhos eram como os de um animal à beira da morte — e Raven achou que tinha falhado de novo.
Ela sabia que, se ele a capturasse desta vez, com certeza a mataria. Tentou escapar rolando para o outro lado da cama, mas ele agarrou a corrente presa ao seu pé e a puxou com tanta brutalidade que quebrou seu tornozelo.
O grito de Raven ecoou por todo o quarto e, novamente, o Rei estava sobre ela, com claras intenções de se transformar em seu lobo e despedaçá-la.
Mas, por mais forte que fosse, não existia criatura invencível no mundo — e além do pó sonífero e das múltiplas feridas, o poderoso veneno já havia chegado silenciosamente até o coração do monarca.
Raven o viu com olhos apavorados, levando a mão ao peito com uma expressão de dor agonizante.
O sangue encharcava suas costas e agora também escorria pela boca, pelos olhos, nariz e ouvidos.
Era um