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Cap:#9.✧Sem contato com ela✧

☙ LILIBETH PALMER

Ao sair do hospital, rezo para encontrar um táxi que me leve ao aeroporto e, graças a Deus, foi o que aconteceu... Faço sinal com a mão e ele para, entro, digo o nome do lugar para onde ele deve me levar e pergunto:

-Quanto é? — Ele me diz o preço, procuro na minha bolsa para ver se tenho dinheiro suficiente e, por sorte, tenho. Enquanto ele dirige, fico olhando tudo, esta cidade é linda, gostaria de passar muitos anos aqui —

- Chegamos, senhora. — Lá vem o “senhora” de novo. Será que vou mudar o penteado ou algo assim para que parem de me chamar assim?

Dou-lhe o dinheiro antes de sair e agradeço, saio completamente do veículo.

Entro no local, ufa, muita gente, procuro na multidão para ver se vejo Stefany, depois de vários minutos, lá está ela. Com jeans pretos, blusa branca e jaqueta preta, tênis brancos com azul, cabelo castanho preso em um rabo de cavalo e um sorriso de “graças a Deus você apareceu” nos lábios.

- Lili, meu Deus, você me assustou tanto! — ela me diz preocupada —

- Desculpe, querida, tantas coisas aconteceram comigo — digo enquanto nos abraçamos... e continuo falando com ela —. Não tinha como entrar em contato com você para lhe dizer ou explicar algo.

- Diga-me, eles não lhe fizeram mal? — ela pergunta, preocupada, olhando para o meu rosto.

— Levei alguns golpes, mas estou bem, já fui atendida no hospital — seus olhos se enchem de lágrimas e eu acaricio seu rosto para que ela se acalme.

Você soube alguma coisa sobre as pessoas do avião? — pergunto.

— Sim, Lili, há cinco mortos e 23 feridos — diz ele.

- Oh, meu Deus! Quando saí, vi as pessoas feridas no chão, mas como já havia paramédicos lá, não pude ajudar em nada, além disso, estava muito tonta por causa dos golpes. — Ela concorda.

-Sinto muito que isso tenha acontecido com você, querida — ela diz.

— Obrigada, Stef — eu digo, e ela sorri para mim.

- Lili, que tal procurarmos sua mala e irmos para casa? Você deve estar com fome, conhecendo você. — Eu rio, nos conhecemos há muito tempo —

-Hahaha, sim, bastante — digo.

-Você vai me contar tudo no caminho? — ela pergunta.

-Sim — respondo. Vamos buscar a mala que trouxe, converso alguns minutos com um homem que acho que é gerente de alguma coisa, fui muito firme no que disse. Demoramos um pouco com a mala e eu estou quase morta de cansaço.

— Por que você não trouxe seu carro? — pergunto, enquanto caminhamos para pegar um táxi.

Os estacionamentos são um caos aqui e em qualquer parte do mundo, e mais ainda nos aeroportos — ele me diz.

— Você está certo, Stef — sorrio para ele. — Como você ficou sabendo do avião? — pergunto enquanto entramos em um táxi.

- Primeiro, rumores entre as pessoas conversando, depois anunciaram que o avião estava atrasado e que tinha problemas, isso durou uma hora, e quando chegaram e viram a polícia, o FBI, as ambulâncias e tudo mais, foi confirmado que algo estava acontecendo, querida... Eu estava prestes a ligar para R.D. para contar a vocês.

— Não, meu Deus, me diga que você não contou nada para eles — me assustei.

-Não, você chegou, mas acho que eles vão ficar sabendo pelo noticiário.

- Vou ver o que digo a eles, não quero assustá-los. — comentei enquanto chegávamos a uma rua muito colorida.

- É aqui, Lili, este é o prédio. Vamos entrar!

-É muito mais bonito pessoalmente do que na videochamada... — digo a ela. Cinco prédios, cada um com vasos de flores nas varandas. Continuo conversando com ela.

-Sef, obrigada... Nunca terei tempo suficiente para te agradecer.

- Lili, por favor, somos família, você não tem nada a agradecer, você sabe disso... É no segundo andar, me siga... — Entramos, coloquei minha mala em um canto, o lugar é muito limpo e aconchegante, dois móveis, um sofá, uma mesinha no centro, ao lado do móvel grande, outra mesa grande com quatro cadeiras, flores no centro, uma pequena cozinha com fogão, geladeira e outros utensílios.

-Lili, venha ver o quarto e meus tapetes... —Eu sorri, ela e seus tapetes...

—Oh, parece mentira, com tapetes por toda parte, no chão, as paredes estavam quase todas acolchoadas. —Está lindo.

-Você mais do que ninguém sabe o quanto eu gosto de tapetes. — Ela diz corando. —

-Hahaha, eu sei.

-Vamos para a cozinha. Chegamos, pego um copo para beber água e depois sento-me em um dos móveis da sala.

-Vou preparar algo para comer enquanto você relaxa.

“Não consigo relaxar, foi um dia muito difícil... Ainda sinto as mãos dele no meu pescoço, meu lado e meu rosto doem por causa do golpe”, digo.

-Deixe-me ver... Oh, meu Deus, Lili! Isso vai demorar dias para sarar. Tenho um grande hematoma na costela direita, que já está ficando roxo.

- Eu sei, me deram esses comprimidos no hospital... — Pego minha bolsa para pegá-los e mostro a ela.

- Ok, ok, estou vendo a bula — ela diz e continua —. Bom, então este é o plano: você vai comer, tomar um banho e dormir umas duas horas, depois vamos a um lugar que eu adoro, a comida é boa, tudo é caro, mas é um lugar incrível — ela me diz com voz esperançosa, esperando que eu diga que sim —

Não tenho certeza sobre sair, mas digo que sim.

“Vamos, Lili, é para você se distrair”, ela diz novamente.

-Eu só preciso dormir, Stef. — Ela concorda, resignada. —

-Ok, ok, vou deixar você dormir hoje, mas amanhã vamos lá e eu conto tudo sobre o trabalho.

-Tudo bem... — digo para encerrar o assunto.

Jantamos, contei tudo desde o início até o fim. Depois me despedi para tomar banho, peguei a mala e entrei no quarto, abri o zíper, tirei uma toalha, uma pijama confortável para dormir, calça comprida e uma camiseta sem mangas e nada por baixo, não, não durmo com roupa íntima, isso incomoda. Quando entro no banheiro, ouço ela dizer:

- Lili, há uma escova de dentes em cima da pia.

— Obrigada, querido! — respondi da mesma forma. Tomei um banho delicioso, lavei os dentes, sequei o corpo todo, vesti o pijama e sentei na cama.

“Onde está sua loção corporal, Lili? Você nunca fica sem ela”, ele me pergunta, chegando e sentando-se comigo.

- Não a encomendei a tempo e você sabe...

- Lili, por que você não deixou os meninos comprarem para você? — Eu olho para ela e ela entende tudo, concorda, procura outra e me entrega.

- Esta não é tão boa e nem é de marca, mas... Espero que você goste.

- Não diga isso, soa mal, e obrigada, querida, tem um cheiro delicioso — digo, cheirando a loção corporal. Ela me dá um beijo na testa e sai novamente. Deito-me e não consigo evitar chorar, pelos meus filhos, minha mãe, meus irmãos. Vou sentir muita saudade, e para completar tudo o que aconteceu, foi demais...

Chorei por horas.

De manhã, vou ligar para a Lale — penso antes de adormecer.

☾•─•☽⛧☾•─•☽

⛧Na manhã seguinte...

⋆Sexta-feira.

Stef me acorda com um café na mão e, ohh, que glória.

—Vamos para a cozinha, Lili, o café da manhã está pronto.

- Obrigada, obrigada, obrigada! — Grito feliz, ela ri. — Você é a melhor e vou te recompensar.

— Isso parece interessante... — Ela ri. Entro no banheiro, escovo os dentes e, ao sair, pego a xícara de café e vou para a sala de jantar.

Tomamos café da manhã e conversamos sobre a família que precisava ligar para eles.

-Eu sei que você chorou ontem à noite, eu ouvi, Lili. — ela me diz.

-Sim, querida, não consegui evitar, foram muitas coisas em um dia.

-Eu sei — ela diz, olhando para mim com o mesmo amor de irmã que eu tenho por ela. De repente, ela grita: — Vamos sair para passear e assim você vai se distrair!

“Claro, querida”, respondo.

“Vamos ao bar à noite?”, ela pergunta com um ar sedutor, eu reviro os olhos e ela ri.

“Talvez...”, digo, e ela pula de alegria.

Terminamos o café da manhã, entro no quarto e procuro o número no meu bolso e... Franzo a testa, o que não gosto de fazer porque não ajuda o rosto, não encontro, sei que coloquei no bolso.

- Droga, não consigo encontrar, não, não, meu Deus! Acho que perdi.

- Lili, o que aconteceu? — Stef chega preocupada —

- Não encontro o número da Lale e do irmão dela, estava num papel no meu bolso e parece que caiu.

- Fique tranquila, vamos procurá-lo. Se não encontrarmos, iremos ao hospital, se você quiser. — Eu concordo.

- Obrigada, Stef... — Procuramos sem sucesso —

- Vamos ao hospital — ela me diz.

-Sim, vamos! — grito. — Mas... Stef, não me lembro do nome do hospital... — digo.

- Nossa, mas podemos perguntar no aeroporto.

-Sim, vamos fazer isso. Vou tomar um banho e sair.

-Ok — ela me diz. Tomo um banho rápido, saio quase correndo para me vestir, tenho em mãos uma meia-calça preta, um sutiã, um vestido que chega até os joelhos com flores amarelas e sem mangas. Prendo meu cabelo, passo um pouco de batom, calço tênis pretos e saio. Stef está me esperando e, assim que me vê, descemos as escadas e ela procura seu carro, que estava estacionado em uma esquina. Entramos no carro e seguimos para o aeroporto para perguntar sobre as pessoas feridas e onde elas estavam, para poder encontrar Lale.

-Meu Deus! Como pude perder o número dela assim... — digo, pela minha estupidez de não ter guardado na estrada.

Chegamos ao aeroporto, Stefany foi ver se encontrava estacionamento, eu entrei, fui até a informação, fiquei na fila por mais de uma hora, mas valeu a pena porque me disseram o nome do hospital onde estavam todos os feridos. Faço sinais para Stef de que tinha a informação com um sorriso que ela me retribui.

Fomos para o estacionamento e depois para o hospital.

Chegamos e fui falar com a enfermeira para que ela me desse as informações de que eu precisava.

-Bom dia, senhorita, você pode me ajudar, por favor? — Ela acena com a cabeça —

“Sim, diga...” Ela me diz gentilmente.

-Estou procurando Lale Langham. Ela procura em seu computador, demora um minuto, Stef chega depois de estacionar o carro.

- A senhorita Langham recebeu alta ontem à noite.

—Olho para Stef com uma cara de... Não me venha com essa!.

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(¸.•´(¸.•´(.¸. •♥ LILIANA SANTOS REP DOM.

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