DÁRIO
Encontrei-me sob aquela árvore e, ao fechar os olhos, uma escuridão profunda me envolveu.
No entanto, eu não estava dormindo.
Eu estava atravessando a barreira que me separava dela.
Sarah.
Eu estava imerso no sonho de Sarah.
Senti sua presença antes mesmo de vê-la. O medo pulsava em seu peito, e sua respiração acelerada era o único som que rompia o silêncio ensurdecedor.
Segui esse chamado.
Então a vi.
Ela estava perdida no vazio.
O sonho dela se distorcia ao seu redor, um mundo de sombras que parecia aprisioná-la.
Mas, à medida que meus olhos penetravam aquela escuridão, dois faróis amarelos surgiram à sua frente, brilhando intensamente.
Eu sabia o que ela enxergava.
Meus próprios olhos refletiam nela.
Estava me aproximando.
Ela sentiu o calor da minha respiração tocar sua pele, e seu coração disparou.
Sarah queria se mover, mas não conseguia.
Limitava-se a me observar, encarando os olhos amarelos que avançavam sem hesitação.
Percebi sua confusão.
Seu instinto a alerta