capítulo 17

DÁRIO

Encontrei-me sob aquela árvore e, ao fechar os olhos, uma escuridão profunda me envolveu.

No entanto, eu não estava dormindo.

Eu estava atravessando a barreira que me separava dela.

Sarah.

Eu estava imerso no sonho de Sarah.

Senti sua presença antes mesmo de vê-la. O medo pulsava em seu peito, e sua respiração acelerada era o único som que rompia o silêncio ensurdecedor.

Segui esse chamado.

Então a vi.

Ela estava perdida no vazio.

O sonho dela se distorcia ao seu redor, um mundo de sombras que parecia aprisioná-la.

Mas, à medida que meus olhos penetravam aquela escuridão, dois faróis amarelos surgiram à sua frente, brilhando intensamente.

Eu sabia o que ela enxergava.

Meus próprios olhos refletiam nela.

Estava me aproximando.

Ela sentiu o calor da minha respiração tocar sua pele, e seu coração disparou.

Sarah queria se mover, mas não conseguia.

Limitava-se a me observar, encarando os olhos amarelos que avançavam sem hesitação.

Percebi sua confusão.

Seu instinto a alerta
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