Seus lábios tremiam de raiva e como se não bastasse, papai ainda tentou mais duas vezes soltar o braço e executar sua vontade de me bater.
Adriel notou que papai havia perdido o equilíbrio da paciência, então apertou seu pulso com mais força, tanto que os nós de seus dedos ficaram brancos.
Esta foi a primeira vez que fui agredida pelo meu pai, a dor ardia na minha pele, no entanto, por dentro, o estrago foi bem maior. Meu coração estava dilacerado e incapacitado de amenizar o desgosto que senti por ser sua filha.
— Não foi para isso que lhe chamei em minha casa, Duarte.
Fala em bom-tom, fazendo o calor de sua expressão esfriar.
— Não era isso que você queria, Adriel? Ainda não se sente vingado?
Deixei as palavras caírem aos seus pés sem medo, não me importava que sua raiva aumentasse.
— O que você fez foi inadmissível, Ana Lis!
— Aposto que não!
Rebati as acusações. Adriel não imaginava que eu teria coragem para confrontá-lo, a supressa passou por seus olhos e sua testa franziu.
—