Dinora
A Itália parecia um cenário perfeito para escapar das sombras do passado. Cada manhã ao lado de Théo era um convite para explorar a beleza de cidades históricas e para sentir a leveza de um amor que, embora nascido de um acordo, vinha crescendo dia após dia. Estávamos em uma vila tranquila na Toscana quando o telefone tocou. O som parecia deslocado, uma intrusão no nosso refúgio.
Peguei o celular e vi o nome de Dinorá brilhando na tela. Era raro ela me ligar durante minha lua de mel, o que já me deixou alerta.
— Alô, Dinorá? Está tudo bem? Perguntei, tentando manter a voz calma.
Do outro lado, a voz dela soava grave, carregada de algo que eu não conseguia identificar de imediato.
— Luna, eu não sei como te dizer isso… mas encontrei algo. Algo importante sobre seus pais.
O chão parecia desaparecer sob meus pés. As lembranças sempre estavam ali, como sombras que nunca desapareciam completamente, mas ouvir aquelas palavras trouxe tudo à tona de uma vez só.
— O que você descobriu?