Luna
O casamento estava para começar. Luzes pendiam delicadamente entre as árvores, criando um céu estrelado artificial que competia com o verdadeiro acima de nossas cabeças. O som da música ao vivo se misturava com o riso e conversas abafadas dos convidados, o tilintar de taças e o murmúrio emocionado de parentes e amigos.
No entanto, algo dentro de mim parecia incompleto, como uma peça que faltava no quebra-cabeça perfeito daquele dia. Eu não havia falado isso para ninguém, mas desde o início, meu coração sussurrava os nomes deles: Lupita e Arturo. Meus avós. Meus pilares. Eles não estavam ali, e isso doía mais do que eu poderia admitir.
Eu queria acreditar naquelas palavras, mas havia uma parte de mim que ainda desejava vê-los ali, em carne e osso. Lupita com seu olhar sereno, suas mãos firmes e gentis; Arturo com aquela presença imponente que parecia capaz de fazer o mundo parar com um único olhar.
De repente, o murmúrio começou. As pessoas começaram a se virar em direção à entra