CAPÍTULO 17 SENTINDO MINHA MÃE PERTO.
Luna
As lágrimas caem livremente enquanto falo. Consegui externar muitas coisas, falar com ela e talvez até sentir a sua presença, eu precisava disso para seguir em frente, foi um grande desabafo, uma necessidade que até o momento em que cheguei aqui, não sabia que tinha.
Há uma dor em meu peito que não consigo descrever, mas ao mesmo tempo, sinto que me libertei de algo e cresce uma determinação inexplicável dentro de mim.
Fico ali por um tempo, chorando e falando com minha mãe, como se ela pudesse me ouvir. Dinorá não diz nada. Apenas me observa de longe, respeitando o meu momento.
Quando finalmente me levanto, enxugo as lágrimas e respiro fundo, é como se ali, naquele túmulo, eu tivesse renascido, diferente, mais forte e mais insensível, agora pronta para os inimigos…
— Pronta? — Dinorá pergunta suavemente.
— Não — respondo, olhando para o túmulo uma última vez. — Mas eu vou ficar.
Ela sorri tristemente, segurando minha mão enquanto voltamos para o carro. O peso da minha decisão é