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Capítulo 180: Família protege família
POV FelixSe fosse uma armadilha ou não, o fato era que não poderia deixar o território da Aliança ainda, não enquanto não resolvesse tudo ali. Mandei uma mensagem para Luz com ordens claras do que deveria ser feito a partir daquele momento. Batedores deveriam ser enviados para inspecionar a fronteira do território junto a soldados. Também ordenei que os grupos de caça encurtassem os períodos de espera e ampliassem suas áreas, de modo a conseguirmos mais suprimentos em caso de uma batalha longa.Como nem todas as decisões poderiam ser tomadas a distância, enviaria Henrique para ficar de frente até que retornasse com Abigail. Sendo verdade ou não o que aqueles lobos disseram, o fato era que o Angenna tinha a Abi como seu principal alvo, o restante era apenas um efeito colateral para ele e seus apoiadores.― Você parte daqui a três horas. ― Disse me virando para a varanda, observando a neve caindo lentamente e se acumulando nos beirais.― Por que não agora? ― Sorri para o beta, que clar
Capítulo 181: Proteja o meu amor
POV AbigailOuvi a movimentação pelo apartamento, as vozes de Felix e Henrique e a pressão do poder do alfa. Me levantei devagar, tentando entender o que eles estavam discutindo, mas logo em seguida o som das portas batendo, o silêncio predominou. As coisas estavam bem agitadas, não havia como prever o que aconteceria ou o que Rafael estava planejando fazer a partir daquele momento. Sentindo a garganta seca, me levantei da cama, mas parei com a mão sobre a maçaneta ao ouvir a voz de Lena ecoar.― Oi, mãe. Estou bem, sim, mas as coisas andam bem agitadas. ― Me apoiei na parede, mantendo silêncio enquanto focava em ouvir a voz da loba. ― Ainda não, mas não tenho o direito de cobrar nada, mamãe. A senhorita me trata muito bem, acredito nela e no alfa Nigthshade… e também, no beta dele.Naquele momento, entendi que não deveria mais ouvir aquela conversa. O tom suave na voz de Lena deixava claro que os sentimentos que ela estava nutrindo pelo Henrique estavam crescendo. Também fiquei emoc
Capítulo 182: Blood river
POV EvangelineAssim que ouvi da chegada de Raphael, me apressei em me arrumar com tudo de melhor que tinha. Coloquei o vestido vermelho que ele mais gostava, usei maquiagem, escovei meus cabelos e calcei meus saltos. Minha mãe me ajudou a dar os toques finais com um perfume feito pelas matriarcas, perfeito para seduzir até o lobo mais resistente.Com meu xale de pele cuidadosamente colocado, cobrindo meus ombros, mas deixando o decote a vista, fui para o grande salão, seguida pela minha mãe e as criadas que me serviam. Respirei fundo, erguendo a cabeça enquanto caminhava diante de toda a alcateia. Porém, por dentro, eu tremia como uma filhote. Minha loba chorava, implorando para que nos escondermos ou fugirmos da presença de Raphael.Quanto mais perto aquelas portas ficavam, mas medo eu sentia. Minhas pernas falharam por um momento, perdi o equilíbrio, mas logo me recompus. Todos ao redor me olharam em choque, mas mantive meu orgulho.― Essa droga de pedra está completamente solta. T
Capítulo 183: Uma carta de adeus
POV AbigailApós muita insistência de Lena, voltei para a cama e tomei uma sopa que ela havia preparado, mas não consegui dormir novamente. Minha mente estava um caos com preocupações e como tudo terminaria. Me joguei sobre as cobertas e senti o envelope que o médico havia me dado. Tinha me esquecido completamente dele.Uma única folha de papel manuscrita estava dentro do envelope. Claramente não era a letra do médico. Tentei ver se tinha mais alguma coisa, mas realmente era apenas aquela folha. Recostei na cama e comecei a ler.“Minha doce Abigail,Se você está lendo esta carta, significa que finalmente retornou ao território da Aliança. Meu coração sempre acreditou que este dia chegaria, mesmo que meus olhos não possam mais ver. Há verdades que eu nunca pude contar enquanto estava viva, mas agora devo revelar.Esmeralda, a Luna Suprema, tentou me destruir de todas as formas. Ela envenenou meu corpo e a mente de todos ao meu redor, transformando concubinas em armas de guerra umas con
Capítulo 184: Mensagem direta
POV AbigailCom a questão da paternidade resolvida, poderíamos focar nos pontos realmente importantes. Esmeralda precisava ser encontrada o mais rápido possível. Sua imagem ainda era vista por muitos como de uma vítima, a pobre viúva que estava sendo ameaçada por uma impostora que se dizia filha bastarda de Lucian.A mansão continuava sob forte vigilância, então seria impossível para ela ou mesmo Rubens entrarem e pegarem algo. Estava imersa nos meus pensamentos, buscando nas minhas vagas memórias daquele noite, qualquer pista que pudesse ser relevante. Acabei me lembrando daquele quarto frio e sem vida de criança, onde Felix cresceu com sua mãe e imaginei se não seria doloroso para ele reviver tudo aquilo indo até a mansão.― Princesa, poderia nos dizer como conseguiu esses documentos? Não parece algo que Lucian deixaria de fácil acesso e, se fosse assim, Esmeralda os teria encontrado há muito tempo. ― Engoli em seco, pois sabia que invadir a mansão do falecido alfa supremo não seria
Capítulo 185: Preparativos e precauções
POV AbigailFelix precisava pegar sua mochila no hotel onde estava hospedado, então ele me deixou no apartamento e partiu, avisando que voltaria em alguns minutos. Subi as escadas correndo, abrindo a porta abruptamente e dando de cara com Lena, que estava aflita sentada no sofá.― Abigail, como foi? Eles concordaram que você é filha do alfa supremo? ― A loba estava com as mãos unidas, os dedos entrelaçados, como em uma prece. Era algo que eu já havia notado de sua personalidade quando estava nervosa ou preocupada. ― Sim, eles me conhecera, mas não posso te explicar os detalhes agora. Precisamos arrumar tudo para partirmos. ― Corri para o quarto enquanto falava, pegando as poucas coisas que eu tinha espalhadas e jogando na pequena mala.― Para onde vamos? ― Lena gritou da sala, seus passos frenéticos correndo pelo pequeno apartamento― Vamos para a Rivermoon. Felix foi pegar as coisas dele e logo estará aqui. Verifique se não está esquecendo nada, pois não vamos por nossos pés no terr
Capítulo 186: Sentimentos sombrios
POV AbigailTalvez se fosse em outras circunstâncias, eu tivesse pena de Louis, mas naquele momento, ele apenas me parecia a criatura mais ridícula e patética que já tinha visto. Bati na porta para chamar a sua atenção, mesmo sabendo que ele já tinha notado nossa presença, mas nos ignorava. Suspirei impaciente. Não havia tempo para o trama amoroso daquele lobo, precisava resolver aquilo e ter respostas.― Por quanto tempo pretende ficar aí, sentindo pena de si mesmo? ― O repreendi com um tom firme. Louis me olhou furioso, seus olhos vermelhos e inchados por ficar chorando. Contorci meu rosto em, desgosto. Não estava acostumada a ver um macho tão fraco quanto aquele.― Pena de mim mesmo? Por acaso sabe o que é estar longe de seu companheiro? ― Arqueei uma sobrancelha para o lobo, que apenas virou seu rosto.Nem me dei ao trabalho de respondê-lo, afinal eu já tinha vivido muitas coisas ligadas a relações amorosas em um período muito curto de tempo. Apenas caminhei pelo quarto, desviando
Capítulo 187: Estranha obsessão
POV AbigailFomos direto para o escritório de Felix, onde ele e Henrique traçavam planos sobre a grande mesa de madeira. Um enorme mapa estava aberto, nele a fronteira demarcada em vermelho chamou a minha atenção. Várias marcações em formato de X percorriam a linha do lado oposto ao território de Felix, indicando lobos vindos da Umbra. Aquilo me preocupava, pois havia muitos lobos do nosso lado que não poderiam lutar, o que dividiria nossas forças entre a fronteira e defender a alcateia.Fechei minhas mãos em punhos, frustrada por não poder realmente ajudar naquela batalha. Ser a filha de Lucian Frostshelm não me fortalecia fisicamente e nem mais habilidosa, era um título completamente inútil naquele momento. O toque suave de Georgina no meu ombro me fez sentir apoiada, afinal eu não era a única a ter aqueles sentimentos.― Minha lua. ― Felix chamou.Ao olhar em seus olhos âmbar, senti meu corpo aquecer e meu coração acelerar. Ele sorriu de lado, me estendendo a mão para me aproximar.
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