Puta que pariu...
Salto da cama e corro para a sala.
Poxa vida, quem, em plena consciência, fica esmurrando a porta de madrugada? Que droga, são apenas 10h43 da manhã.
Caminho apressada até a porta, tentando controlar os fios rebeldes do meu cabelo. Tento prender em um rabo de cavalo, que, por sinal, ficou pior do que deixá-lo bagunçado como antes.
Com uma pontada de irritação, abro a porta com cautela.
Um homem de óculos, gravata e terno cor de madeira me dá um breve sorriso. Ele parece estar se divertindo com a visão de uma lunática completamente desgrenhada logo pela manhã.
— Posso ajudar? — pergunto, tentando entender o motivo da visita.
— Aqui é a residência dos Rollis? — Ele dá ênfase ao sobrenome da minha família.
— Sim, senhor. — Seu rosto inexpressivo varre a sala, como se procurasse algo ou alguém, observando com o olhar de quem quer entrar. Isso, é claro, está fora de questão. Já vi documentários sobre assassinatos que começaram exatamente assim. Não sou uma lutadora de MMA