Sem pensar muito, cravo minha mão em sua cara.
O estalo é tão alto que poderia ser ouvido até do outro lado da cozinha.
Não precisava ser tola para entender o que ele queria. Como todos os homens, ele só queria sexo, e de um jeito fácil. Como não? Uma mulher endividada toparia qualquer valor em troca de uma transa. A maneira perfeita de garantir não ir sozinho para a cama.
— Quem você pensa que é? — Sacudo a mão, sentindo a dormência da dor. — E o pior, quem você pensa que sou.
Uma sombra toma conta de seus olhos. O que antes era desejo, agora se torna algo como frieza.
— Querido anjo... — A arrogância dele muda toda a cena. O jeito como ironiza, dando a entender um elogio que mais parece um insulto.
Com uma delicadeza impecável, ele se aproxima tanto que consigo sentir o cheiro do uísque caro vindo de sua boca.
O timbre da sua voz faz meu corpo se acender, como se alguém encaixasse a peça certa no lugar exato.
Adam baixa a cabeça até seus lábios ficarem ao lado do meu ouvido e