Virginia ocultou-se atrás da cortina, não queria que Isfahan levantasse a cabeça e desse de cara com ela, olhando da janela de seu quarto.
O minotauro estava de saída novamente em companhia de Pedro, um dos serviçais do castelo. Costumavam sair de duas a três vezes por semana e ficavam fora por várias horas.
Virgínia não era tola pra não perceber que aquela estranha amizade tivera início no dia em que Isfahan fora levado à casa de madame Yza, também perceberá que, de triste e reflexivo, Isfahan se tornara feliz e sonhador, andava pelos cantos com ares de apaixonado.
Quem seria a jovem que conquistara o coração de seu amigo? Indagava-se Virgínia, sem conseguir conter o ciúme. Sentia-se péssima porque o minotauro já não procurava mais sua companhia como antes, pelo contrário parecia querer evitá-la.
Virginia sabia que era melhor assim, sabia que devia se sentir feliz por Isfahan, quem sabe uma daquelas pobres mulheres não acabaria deixando uma vida de pecados para ser a co