A perdição dos Mafiosos
A perdição dos Mafiosos
Por: Lilly Fen
o início

PRÓLOGO

PENNY VITTI

 

 

Corra, corra Safira, Corra. antes que eles encontrem você. Corra, corra, os batimentos frenéticos cardíacos do meu coração aceleraram, está escuro, muito escuro, a floresta é densa e fechada. Todos meus instintos gritam para não desistir. Eu sou uma mulher persistente. Eu sou Safira Vitti.  

— Eu vou te matar Safira Vitti.

Virei meu corpo bruscamente, ouço som de latidos de cachorros abafados, eles estão correndo, eles estão caçando-me como se eu fosse uma presa. Não. Eu sou a caçadora. Safira Vitti nunca é caçada e sim uma caçadora. Chega de correr, chega de correr.

Peguei uma, canivete, lentamente rasguei minha carne desfilando sangue para criar uma distração, preciso me livrar dos malditos cachorros. Eles são rápidos e mortais. O que torna minha fuga mais perigosa.

Escondo-me atrás do tronco da arvore e segurou com toda minha força minha canivete, sem armamento, sem facas, estou em desvantagens. Fechei os olhos por um momento e ouvi todos os movimentos, os cachorros correndo, os gritos dos homens armados correndo.

É agora.

Brutalmente, virei meu corpo e desfilei um golpe rápido, certeiro no estomago do meu primeiro alvo. Ele terá uma morte lenta e muito dolorosa, por enquanto, não é hora de me lamentar.

Um cachorro pulou sobre me fazendo com que nós dois caíssemos no chão brutalmente, suas garras penetraram na minha carne dolorosamente, virei a canivete e acertei vários golpes mortais na sua barriga.

Sem mais, fiquei em pé e comecei a correr.  Corra,, corra, corra. Vários tiros são disparados.

— Eu vou te matar.

Maldito sociopata. Maldito louco. Meus pés freiam brutalmente, não há nada a minha frente além do fundo oceano, não tenho outra opção, dou dois passos para trás e pulo sem pensar duas vezes

Ele vai pagar com a vida por ter atacado Safira Vitti.

CAPÍTULO 1

PENNY

 

 

- Penny, sua idiota

Eu sinto o gosto amargo da minha saliva na boca, furiosamente, mordo o lábio inferior da minha boca até que escorra sangue e eu bebo deliciando-me dele.

Gostaria de parar de fugir, eu odeio cidades novas que resultam em escolas novas. Sempre a porra da mesma coisa, quando eles descobrem a minha localização, antes que as coisas saem do controle opto por fugir.

Adrenalina.

Não sei por quanto tempo suportarei essa pressão, fugir de um lado para o outro como uma maldita nômada, longe de casa e sozinha.

Claro, se eu tiver uma casa.

Pois, a minha cabeça anda muito confusa, e sem muitas lembranças do meu passado.

Talvez eles não sejam os meus inimigos, e sim da minha família, entretanto, porque eles viriam atrás de me com muitas armas e cães farejadores se não for para me matar?

Eu preciso lembrar-me de tudo, do meu passado com mais clareza, antes que as coisas saiam do controle.

Enquanto isso, irei optar por permanecer no escuro e não chamar muita atenção.

Eles não podem encontrar-me aqui, estou segura aqui mesmo que seja por alguns meses  

- Cala essa boca porra.

Eu respondo-me irritada, hora de colocar essa merda para dormir, quem mandará daqui para frente sou eu.

- Não vai sobreviver sem mim.

Ela grita, o demónio que existe dentro de me grita alto atormentando minha cabeça, concentração.

Sua mente não pode dominar você.

- Fraca.

Ela grita, neste caso, a outra parte de mim.

- Quieta.

Eu digo debochando de me, sou louca, apenas uma louca que briga com sua própria mente.

Droga.

Eu não tenho mais salvação.

Antes de chegar nesta cidade, apaguei todos os meus rastros para que ninguém possa me encontrar, sem registros, nome falso, dinheiro vivo.

Meu pequeno apartamento supre as minhas demandas, discreto, solitário e silencioso.

Consegui um trabalho como uma garçonete numa lanchonete não muito longe da minha nova escola, um pouco de dinheiro para guardar e suprir as minhas pequenas despesas.

Estou convencida que a minha vida irá mudar completamente para melhor, eu realmente espero que isso seja bom.

Olho o meu reflexo pelo espelho, meus cabelos loiros platinados grita por socorro, minha pele branca, coberta, por diversas tatuagens, escondem diversas cicatrizes que rasgam a minha pele.

Terror.

Fecho os meus olhos por um breve momento, as memórias de uma casa pegando fogo sempre surgem no meu campo de visão, por que não consigo lembrar?

O que realmente aconteceu naquele dia? E a minha família? Será que um dia eu tive uma?

Eu tenho várias perguntas na minha cabeça, mas não tenho nenhuma resposta para elas.

Fecho a minha cicatriz de queimadura no meu pulso esquerdo, que ainda não cobri com uma tatuagem, uso uma camisa branca de mangas cumpridas para cobrir o meu pulso.

Perfeito.

Olho novamente para o vestido preto rodado, por dentro dele, uso a camisa branca para esconder todas as minhas cicatrizes. Uso um lenço no pescoço com o emblema do colégio pois é obrigatório que eu a use.

Regras da minha nova escola.

Finalizo o meu look com novos óculos para esconder completamente a minha identidade.

Não mudei apenas a cor dos meus cabelos, como também a maneira de vestir e maquiar, por debaixo dos óculos uso lentes para esconder a cor natural dos meus olhos.

Tenho em minha consciência que isso é temporário, entretanto tenho a esperança que não seja necessário me mudar desta cidade aos prantos.

Estaciono meu carro na vaga livre do estacionamento escolar, apenas para os estudantes, observo cuidadosamente as três vagas que gritam poder, seus carros esportivos altamente luxuosos ocupam lugares de prestígio.

Porra.

Isso cheira bad boy.

Forço os meus pés a seguirem o caminho que leva-me ao interior da escola, estudo o mapa  cuidadosamente para que eu não possa me perder.

Giro as chaves do meu novo armário, limitando-me a colocar alguns cadernos, roupas para mudar em casos de emergência, pares de óculos e o kit de maquilhagem.

- Nova aluna?

Ouço uma voz feminina atrás de mim.

Dou alguns passos para trás assustada pela forma como ela surgiu no meu campo de visão, a mulher na minha frente abre um sorriso doce desculpando-se pelo pequeno susto que levei.

- Desculpe-me, eu não tive a intenção de assustar.

Ela diz, mostrando-me seu sorriso encantador.

- Tudo bem, respondendo a sua inquietação, sim, aluna nova. Penny.

Eu respondo-a seguindo o mesmo exemplo, sorrindo. Ergo meu braço direito para cumprimentá-la com um aperto de mão.

- Todo mundo chama-me de Lidy, seja muito bem-vinda ao colégio Georgetown.

Lidy diz, dando-me boas-vindas.

Separamos nossas mãos depois de um breve aperto, o Colégio Georgetown, situa-se no centro da cidade de Montana.

- Muito obrigada pela recepção calorosa.

Eu digo para ela ainda com um sorriso nos meus lábios.

- Deixe-me ser uma boa anfitriã.

Ela diz animada, assenti minha cabeça concordando. Lidy, explica-me todas as regras que os alunos devem seguir, ela mostra-me vários compartimentos da escola como; refeitório, pátio, campo de futebol, área de natação, banheiros, todas as salas, por fim a área da secretária.

 - Aí vem o grupo Royal.

Lidy resmunga enquanto acena sua cabeça em direção ao que eu devo olhar. Franzo a testa e olho para o grupo, eles tem um porte corporal assustadora, altos e fortes.

Porra eles parecem ser psicopatas.

Meu corpo todo estremece quando eles passam por nós, maldade, suas vibrações corporais transmitem maldade.

Perigo.

- Fique longe deles.

Lidy aconselha e eu observo a expressão corporal dela, seus lábios tremem, seus olhos exprimem muito mais do que a sua boca diz.

 Dor, medo, raiva.

Ela presenciou algo muito assustador.

- Quem, eles são?

Eu pergunto curiosa, por mais que não esteja muito interessada no assunto, ela foi muito boa comigo. Ao menos devo demonstrar algum tipo de interesse no que ela diz.

- O cara do meio é o líder do grupo Travis, Cage ao seu lado esquerdo e ao direito Kyle, eles denominam-se the Royal.

Lidy diz, observo-os cuidadosamente por um instante, eles não demonstram nada além dos seus rostos frios. Eles são profissionais no que fazem, seja qual for esse trabalho eles não estão para brincadeiras.

Três mulheres loiras, aproximam-se deles.

- De salientar para ficar longe delas também, são víboras, encaixam-se perfeitamente no time deles.

Lidy diz. Ela passou maus bocados nas suas mãos, Lidy é uma garota com um rosto lindo, uma princesa, seus trajes luxuosos denunciam o dinheiro que a sua família possui.

- Não existem níveis sociais suficientes para detê-los, os mais poderosos desta cidade os temem, eles são demónios no corpo humano.

Ela acrescenta fechando o seu rosto, o sino toca, avisando que o nosso tempo no corredor terminou, sem muita delonga, vou para sala de aula e acomodo-me no fundo da sala com objetivo de não chamar atenção de ninguém.

Vamos deixar meus demónios dormirem por um bom tempo.

Quando os horários das aulas iniciam, o que sucedeu-se foi uma correria atrás da outra, mal lembro-me de parar para comer na hora do almoço.

Corro para biblioteca para solicitar alguns livros para levar para casa, depois vou para o meu novo local de trabalho.

Meu turno termina as 7H da noite, dando-me algumas horas para estudar antes de descansar o corpo.

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