Carioca
Os dias estão passando e cada um deles sem a Fernanda estão sendo terríveis. O que essa mulher fez comigo?
Todo dia uso pó, haxixe, erva, até bala tenho usado, minha cabeça precisa ficar a mil pra não pensar nela. Mesmo assim eu penso. Penso muito.
Nesse momento preciso usar essas paradas. Não tem o que fazer, só assim pra anão fazer uma besteira com ela.
E tá decidido, eu não vou voltar atrás. Ela quis assim e, no momento, foi o melhor.
Estou no bar do Juarez, meu telefone toca, número restrito de novo. Atendo.
— Está cuidando direito da morena, Carioca? Acho que não. Logo ela vai aparecer com a boca cheia de formiga em um bueiro por aí.
Não tive nem tempo de responder, o desgraçado desligou na minha cara.
Porrä! Eu não tô acreditando, já troquei de número várias vezes, a única justificativa é que tem um X9 dentro do meu bonde.
Leandra passa com a amiga dela do outro lado da rua e quando me vê se aproxima. Mas a amiga não, a mina fica de longe aguardando.
— E então,