Ângela
Estou na clínica de teste de DNA e muito tempo se passou do horário marcado para o exame. Já perdi a conta de quantos copos de água já tomei na recepção do laboratório, enquanto o Robertão me aguarda na parte de fora do prédio. Eu sei me cuidar mas o Felipe insistiu.
Fico pensando o que pode ter acontecido para esta moça não aparecer, e a única explicação é que o filho não seja do Felipe. Mas o que ela ganharia inventando isso? Não faz sentido.
Ligo para meu filho, avisando que ela não veio e decidimos que vou embora, mas antes, vou até o toalete e assim que saio, sou puxada pelo braço. Me assusto ao ver que diante de mim, estava o Juninho, mais conhecido como capitão Barreto agora. Tento ignorá-lo, mas ele me puxa com força.
— Tá pensando que vai aonde? — Ele fala, colado ao meu ouvido.
— Me solta! – respondi.
Aqui o Robertão não poderia ver o que estava acontecendo, pois ele ficou na porta do prédio, afinal, está armado. E o Barreto, por ser policial, tem livre acesso a