Antonela
Deitada no sofá, estou lendo sem prestar atenção alguma na matéria que o professor mandou revisar, enquanto na televisão, passa algo que nem sei o que é. O conteúdo está na minha mão, mas meu pensamento está no Cold.
Nos falamos muitas vezes ao dia, por mensagem, mas não é a mesma coisa, e eu sei que ele está muito chateado com essa situação de não podermos nos ver.
Gabriel desce as escadas todo arrumado.
— Vai aonde todo perfumado assim? — pergunto, levantando do sofá.
— Dar um rolê!
— Eu, hein? Só vejo você desse jeito em noite de baile!
Ele dá de ombros e sai. Logo escuto o barulho do carro ao invés da moto.
Uma mensagem da Thayla no meu telefone:
“Tá afim de ver seu boy hoje?”
“Sempre, mas querer não é poder” (emoticon de triste) – respondo.
“Seu irmão não vai estar em casa hoje, então aproveita” (emoticon de diabinho)
“Sua safada, por isso ele saiu daqui todo arrumado? Mas está muito tarde, como vou ir até a Pedreira a essa hora?”
“Dá um jeito de ir, Antonela, e eu dou u