Os dias passaram rapidamente.
E a distância entre Muriel e seu chefe parecia aumentar inexplicavelmente, embora trabalhassem juntos todos os dias e a empresa funcionasse melhor do que nunca.
Escolhê-la para essa posição foi a coisa certa a fazer.
Era evidente que ela havia tomado a decisão de se preservar física e mentalmente.
Não foi para os inferiores.
Ela foi obrigada a explicar a Joaquín o que havia acontecido com seu pai.
Uma conversa longa e desconfortável, mas necessária há anos.
O adolescente já sabia disso e estava mais angustiado pela mãe do que pelo destino do pai, a quem nunca planejou visitar.
-Eu entendo, mãe. Não se preocupe comigo…
Muriel apertou as mãos enquanto procurava palavras de conforto que não parecessem vazias.
-Sinto muito, filho. Eu deveria ter visto isso há muito tempo, parar com tudo isso antes de chegar a esse ponto...
Seu filho decidiu contar-lhe o que guardava há anos no coração, mesmo sendo difícil para ambos:
-Mãe, você não pode se culpar... Já parei