Alexandre

O ambiente do Piano Bar era envolto por uma atmosfera sofisticada e melancólica. Um dos melhores e mais sofisticados bares da cidade, que eu sempre buscava refúgio. Me sentei sozinho no canto mais reservado do balcão. O barman experiente e discreto, já me conhecia de longa data. Ele não fazia perguntas, apenas servia.

Ao fundo, o som do saxofone acariciava com uma melodia suave de jazz. A voz rouca do cantor ecoava em notas baixas e sentidas, como se compreendesse a dor que eu tentava afogar a cada dose de uísque. Tomei quatro doses, mas a quinta não veio em dose. Pedi uma garrafa inteira de Macallan 12 anos. O barman hesitou, mas cedeu. Eu não parecia um homem embriagado, mas um homem devastado.

O copo girava lentamente entre os meus dedos enquanto eu olhava para a bebida como se procurasse respostas. Num dos melhores dias da minha vida, justo quando tudo parecia estar em seu devido lugar veio a segunda maior decepção. A primeira eu pensei que já conhecia bem: a traição da