Alexandre

Encostado no batente da porta do banheiro, eu observava a Jaqueline retocar a maquiagem diante do grande espelho, com gestos precisos e calmos. O vestido preto curto e sensual, irradiava sensualidade. Ela estava deslumbrante. Sem dizer uma palavra, caminhou até a beira da cama e sentou-se para calçar as sandálias. Me aproximei lentamente e ajoelhei na sua frente. Com cuidado, abotoei as tiras em torno de seus tornozelos, uma a uma, e depositei um beijo suave em sua coxa.

O toque era carregado de palavras que eu não conseguia dizer. Não queria que ela fosse embora. No trajeto até o seu apartamento, a Jaqueline mantinha os olhos fixos na estrada, indicando as direções com uma inocência quase infantil. Mas eu já conhecia aquele caminho há muito tempo. Estacionei o carro e saí primeiro, contornando-o para abrir a porta. Ao vê-la descer, segurei seu braço com delicadeza, puxando-a para um beijo leve, demorado, como se quisesse gravar aquele instante. Fiquei ali parado, observando