Tem algo que eu preciso fazer...
Jaqueline
– Bom dia, Jaqueline… Dessa vez, você não conseguiu fugir. A voz grave com um tom quase brincalhão ecoou pelo ambiente.
– Bom dia, Alexandre. Não foi por falta de tentativa. Tentei manter o humor, mas os meus olhos diziam outra coisa.
Alexandre largou o celular sobre o aparador e se aproximou devagar. Seus olhos negros estavam fixos em mim como se quisesse me decifrar por inteira. O ar entre nós dois parecia mais denso, carregado por uma tensão silenciosa.
– Fico feliz por isso. Ele sorriu de leve. – Não gosto de portas trancadas… mas gosto menos ainda de acordar e não encontrar quem eu queria por perto.
Desviei meu olhar sentindo o impacto das suas palavras. Talvez, agora eu nem quisesse mais fugir. Ele observou a minha mala encostada num sofá. Um sorriso malicioso se formou em seus lábios. Eu desviei novamente o meu olhar, mas não adiantou. Acho que ele já me conhecia o suficiente para notar o nervosismo sutil nos meus movimentos.
Sem perder o embalo e aproveitando o suor