Saboreando em silêncio...
Raissa
No restaurante as mesas estavam bem decoradas com pequenos arranjos florais e quase todas ocupadas. Me sentei sozinha em uma delas e já estava visivelmente irritada. Tomei duas taças de vinho, enquanto o meu olhar inquieto percorria o salão sempre que a porta se abria. Tamborilei os dedos sobre a mesa, quando finalmente a Thais surgiu na entrada, ofegante e apressada, ajeitando o cabelo e me procurando com os olhos.
Ao me avistar acenou com um sorriso, como se nada estivesse fora do normal.
– Achei que tivesse desistido. Mais dois minutos e eu ia pedir o jantar sozinha. Tô com fome. Falei cruzando os braços impaciente.
– Ai, que exagero! Nem demorei tanto assim. Se sentou, ainda ajeitando o vestido. – A culpa é do trânsito. E do salto.
Revirei os olhos e sem mais delongas. Ambas abrimos os cardápios.
– Algo leve, pelo amor de Deus. Não tô com paciência pra digestão lenta.
– Uma salada com burrata e atum selado. Sem erro. Thais falou decidindo.
Chamamos o garçom e fizemos os pedi