Jaqueline

O sol da manhã estava suave, refletido sobre a água cristalina da piscina. Alexandre e eu dividimos a mesma espreguiçadeira, entre almofadas que ele havia colocado ali para nos deixar mais confortáveis. Apesar do remédio, as cólicas persistiram, me deixando mais sensível e com o corpo pesado. Eu queria estar bem para acompanhá-lo no almoço especial que ele havia me convidado, mas não tinha forças.

– Desculpa, Alexandre… sei que você estava animado. Eu queria ir, de verdade, mas não tô me sentindo bem pra sair agora.

Ele beijou os meus cabelos com carinho, demorando no gesto.

– Ei não tem a mínima importância. Disse como se fosse o óbvio. – Outras oportunidades virão. Nós vamos naquele restaurante, sim. Mas no tempo certo. Quando você estiver bem.

– Você é incrível demais… eu só… não queria estragar nossos planos.

Alexandre deslizou a mão suavemente até o meu ventre e começou a acariciá-lo com movimentos circulares, cuidadosos, como se pudesse, com o toque, afastar toda a dor.