Alexandre

Permaneci de pé próximo ao jardim, observando os carros de luxo desaparecerem pela rua. Meus olhos estavam ardendo de raiva. Eu precisava me conter para não explodir com a irmã da Jaqueline ali mesmo.

“Aline… como pode ser tão perversa?” pensei comigo mesmo, lembrando dela trocar algumas palavras rápidas com o Gustavo. Aline fechou o semblante quando ele a olhou com desprezo.

Ela sabia o que estava fazendo. Sabia muito bem o efeito que teria ao colocar o Edgar e o Gustavo para dentro da casa. Não se importou com a dor da própria irmã e nem com a saúde do pai.

“O que corre na veia dessa mulher?”

Ela não agiu apenas por rebeldia. Havia prazer em sua postura. A forma como ela observava de canto a discussão com os olhos semicerrados e satisfeita, quase vibrando com a tensão que se espalhava.

Me aproximei da Jaqueline que estava tensa. A envolvi em meus braços e senti sua fragilidade. Eu precisava me manter firme ao lado dela. Mas dentro de mim a raiva que eu sentia pela sua irm