Caleb
Eu sempre gostei de vinhos. Não por ser especialista, desses que ficam falando de aroma, tanino ou safra, mas porque sempre achei que um bom vinho abre espaço para boas conversas, risadas e lembranças que ficam. Então, quando cheguei à Itália com Pamela, a ideia veio na hora: eu tinha que levar ela para uma vinícola.
Depois de me trocar no hotel, fui até a cama onde ela estava deitada ainda de roupão, mexendo no celular como se fosse dona do meu mundo inteiro. Só de olhar pra ela, com o cabelo solto caindo pelo ombro, eu senti que estava exatamente onde eu devia estar.
— Vem comigo, princesa — falei, estendendo a mão para ela.
— Pra onde? — ela ergueu as sobrancelhas, desconfiada, mas já sorrindo.
— Surpresa. Mas eu prometo que você vai amar.
Ela resmungou, fez charme, mas levantou e foi até a mala. Eu fiquei ali só observando ela escolher um vestido, e confesso, fiquei em silêncio alguns segundos porque não queria interromper a cena. Pamela tinha esse poder: qualquer gesto dela