Pamela
Saí com a Vitória hoje, e confesso… eu tava animada e nervosa ao mesmo tempo. Desde que contei sobre a gravidez, ela virou praticamente uma máquina de amor e cuidados. A mulher é um furacão elegante — do tipo que entra numa loja e o vendedor já se ajeita todo, porque sabe que ela vai mandar e vai comprar.
E lá estava eu, de calça legging, camiseta larga e o cabelo num coque torto, andando ao lado dela, toda produzida, salto, óculos escuros, e aquele ar de “eu mando no mundo”.
— Pamela, querida, a gente precisa de um tema pro quarto do bebê — ela disse, entrando na primeira loja.
A loja era um sonho. Tudo branquinho, cheiro de talco e leite, com móbiles pendurados e pelúcias fofas em cada canto. Eu olhei aquilo e quase chorei.
— Meu Deus… eu ainda nem acredito que vou ser mãe.
Ela sorriu, e foi um sorriso de verdade, nada daquele olhar de sogra que avalia cada movimento.
— É um momento mágico, meu amor. Aproveita. Passa rápido demais.
A vendedora se aproximou, toda simpática, pe