Chegando à cabana, Joana sentia a humilhação subir como fogo por sua garganta. Com a bolsa apertada embaixo do braço seguiu para o quarto, planejando tomar um banho antes da chegada de Maximiliano e a discussão que teriam. Levou um pequeno susto ao encontra-lo sentado no chão, às mãos no colo e a cabeça baixa. Parecia dormir.
Imediatamente esquecida de sua intenção inicial, agachou-se, os joelhos pousando no chão e a mão tocando-o no ombro.
— Max...?! — Chamou com o rosto ficando a centímetros dele. — Max, está bem?
Maximiliano ergueu o rosto, nos olhos negros brilhava a mágoa da traição, a mesma que dominando seu corpo como labaredas cáusticas.
— Por que mentiu pra mim? — Maximiliano urrou como uma fera pronta para o ataque, fazendo Joana recuar instintivamente. — Como pode me dizer que me ama, quando todo tempo estava pensando naquele imbecil?
— Do que está falando?!
— Pare de bancar a inocente! — Ele exigiu, cada músculo tenso pelo autocontrole que se exigia para não chacoalha