Aproximei-me de Aslin devagar, como se cada passo que eu desse quebrasse algo dentro de mim. Vi que ela tremia, quase imperceptível, com os lábios apertados e os olhos úmidos. Não se mexeu. Não disse nada. Apenas me olhou como se não soubesse se devia confiar em mim ou sair correndo. E isso doía. Mais do que qualquer golpe. Mais do que qualquer traição.
Parei diante dela, tão perto que podia sentir o tremor em seu peito, o aroma doce do perfume misturado com o medo que ainda pairava no ar.
— Você estava certa o tempo todo —disse, com voz baixa, como se cada palavra me custasse a alma —. Não foi uma visão o que você viu aquele dia no parque… Era o Alexander.
Aslin ficou em silêncio. Por um segundo, achei que não tivesse me ouvido. Mas então abaixou o olhar e sussurrou, quase inaudível:
— Eu sabia… — seus olhos se encheram de lágrimas contidas —. Eu sabia que ele estava vivo. E quando apareceu no meu quarto naquela noite… soube que não era alucinação. Ele está vivo, Carttal.
Não disse n