Quase religiosamente, Javier visitava Bryan no hospital.
Mal o horário de visita começava e lá estava ele. Mas dessa vez, não carregava flores, e sim, uma cesta volumosa de frutas e guloseimas. Colocou sobre a mesa de madeira branca e ficou alguns minutos fitando o rapaz que tentava fazer alguns movimentos com as pernas.
Exercício que cessou ao ver o recém-chegado. Tentou se sentar - com dificuldade por causa dos músculos doloridos -, e sorriu meio sem jeito.
– Precisa de fisioterapia – Javier murmurou, mais para si, enquanto observava as pernas do outro. – Os músculos estão muito atrofiados.
– Ah… hum… certo. – Bryan concordou, ainda mais confuso.
Coçou a nuca, olhando para os lados, nervoso e então, tornou a encarar o antigo colega com um semblante incerto.
– Não quero ser grosseiro, mas por que você está aqui? - perguntou, soltando enfim, a pergunta que tanto o afligia desde que havia acordado do coma.
– Tenho esse direito, até fui interrogado por sua culpa – Javier responde