Os gritos de Carolyn rasgaram o silêncio do corredor, agudos e cheios de pavor, como se algo a estivesse despedaçando. Cedric parou, o coração disparado, o olhar fixo na direção da diretoria. James o encarou, confuso, enquanto alunos corriam para o local, sussurros de “bruxa” e “maldição” enchendo o ar. O aroma de jasmim pairava, sutil, mas pesado, como um aviso.

Lucy, ainda na sala de William, sentiu o poder pulsar em suas veias, os objetos na mesa tremendo levemente. Não fui eu, pensou, mas a culpa a corroía. Olhou para William, que já estava na porta, o rosto rígido.

— Fiquem aqui — ordenou ele, saindo para o corredor.

Lucy o seguiu, ignorando a ordem. No corredor, Carolyn estava encolhida contra a parede, os arranhões que ela mesma fizera agora sangrando mais, como se algo os tivesse aprofundado. Seus olhos estavam arregalados, fixos no chão, onde uma sombra escura, quase lupina, parecia se dissipar. Olga tentou segurá-la, mas Carolyn tremia, balbuciando:

— O lobo… ele tava aqui…