DamonEla é linda.Sentada à minha frente, a luz bruxuleante das velas fazendo suas joias brilharem, aquele vestidinho justo abraçando seu corpo, piercings nos mamilos aparecendo como uma provocação. Acho que ela não tinha a mínima ideia de como me deixava louco.O garçom pousou nossos pratos, mas eu mal olhei para a comida. Meu apetite era por ela. Cortei meu bife, observando-a enquanto ela mergulhava um pedaço de lagosta na manteiga e dava uma mordida.— Você gostou? — perguntei em voz baixa.Ela assentiu, engolindo em seco. — Está bom.— Mas não é melhor que eu. — Dei um sorriso irônico.— Você é tão convencido.Lambi os lábios, ainda olhando para ela. — Não, candy. Só constatando os fatos.Ela desviou o olhar, mas vi o pequeno sorriso que ela tentou esconder.— Conte-me sobre sua família.Ela piscou, como se não esperasse por aquilo. Nem eu, para ser sincero.— Minha família?— Sim. Pais, irmãos, tudo isso.Ela se mexeu um pouco, girando a taça de vinho entre os dedos. — Bem.
DAMON — Alguém está vindo. — ela gemeu, com a respiração trêmula enquanto saltava sobre mim, suas mãos agarrando meus ombros como se ela estivesse se segurando com unhas e dentes.No momento em que ela saiu do elevador, vi aquela saia minúscula e soube que não conseguiria chegar ao meu escritório.Eu agarrei a mão dela, puxei-a para a escada e carreguei aquela coisinha antes que ela pudesse protestar. Agora, lá estava ela... aceitando cada centímetro que eu lhe dava, exatamente como eu queria.— E daí? — resmunguei, agarrando sua cintura com força, puxando-a para mim com mais força, forçando-a a aproveitar cada centímetro.— Amor, alguém está... — ela começou, mas eu a interrompi segurando seu rosto, fazendo-a olhar para mim.— Que porra você me chamou? — perguntei, com a voz baixa e perigosa.Seus olhos castanhos se arregalaram.— Que. Porra. Você. Me. Chamou? — repeti, inclinando a cabeça dela para que ela não tivesse escolha a não ser me olhar nos olhos.— Amor... — ela sussurrou,
JOYCE— Você não é minha mulher? — Ele perguntou lentamente, com a voz sombria e ameaçadora, isso realmente me deu medo de afirmar que não outra vez.— Quer dizer... — Lambi os lábios. — O que somos, Damon? Não conversamos sobre isso.Ele se aproximou, com as narinas dilatadas.— Você está falando sério?Dei de ombros, tentando manter a voz calma.— Damon, você nem sequer entra relacionamentos...— Isso foi antes de você. — ele retrucou, interrompendo-me. Abri a boca, mas ele não tinha terminado. — Eu te fodo, durmo com você, te protejo, cuido de você... Eu até mato por você, Joyce. — Engoli em seco. — E você está me dizendo que não somos nada? — Sua voz estava perigosamente baixa.Exalei bruscamente. — Damon, você nunca disse que éramos alguma coisa. — Suas narinas se dilataram. — Eu não deveria ter que fazer isso.Suspirei. — Damon, preciso trabalhar. O rosto dele ficou sombrio. — Para que diabos você precisa de um emprego?— Porque eu gosto de ter meu próprio dinheiro! Eu g
JOYCE Deitei na cama, olhando para o teto, enquanto a luz fraca do meu abajur projetava sombras suaves ao redor do quarto. Eu não conseguia dormir. Fiquei me perguntando se ele estava bem... se ele estava seguro, se ele estava em perigo, se ele estava bebendo em algum lugar ou fazendo algo imprudente. Mesmo depois do que ele me disse, eu me importava. Mesmo que eu quisesse cortar a garganta dele agora mesmo. Suspirei, virando-me de lado e enxugando as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Eu odiava isso. Eu odiava que ele tivesse tanto poder sobre mim. Eu o amo. A compreensão me atingiu como um tijolo no peito. Mas o que ele quer de mim? Ele espera que eu fique sentada esperando que ele leve essa obsessão para o próximo nível? Ele me chama de sua, mas não me reivindica totalmente. Por que? O que estamos fazendo? Virei-me de bruços, enterrando o rosto no travesseiro, meus ombros tremendo enquanto mais lágrimas de frustração e raiva escorriam pelo meu rosto. Eu nem es
DAMON — Chefe, estou de olho nela.Esse idiota estúpido disse isso como se eu já não soubesse. Como se eu não soubesse onde ela estava a cada segundo de cada dia nas últimas três semanas.Você provavelmente está se perguntando onde eu estive. A resposta é simples, estive me consertando ou tentando fazer isso. Tenho ido à terapia. Encontrei um novo terapeuta, o cara me irrita e eu quero quebrar o pescoço dele em cada sessão, mas funciona. Eu acho. Também tenho cuidado dos negócios. Colocando as coisas em ordem.Arranjando um emprego pra Joy. Fiz algumas ligações, mexi alguns pauzinhos e garanti que ela recebesse essa posição exata. Eu até comprei a escola. Por que não? Ela pode parar quando quiser. Ou continuar pra sempre. O que quer que a faça feliz.Mas não foi só isso que fiz. Eu cuidei de cada ponta solta que pudesse representar uma ameaça para ela.Alguns humanos sumiram. Algumas dívidas foram quitadas. Algumas cobras perderam o veneno.E agora eu tinha algo planejado. Algo gran
JOYCEO jantar foi perfeito. E eu odiava isso.Eu odiava o quanto ele era bonito. Odiava ele sendo tão atencioso. Odiava como meu coração apertava quando eu o via do outro lado da mesa, todo arrumadinho para mim..Eu odiava o quanto eu o amava. Eu adorava a loucura dele. E eu odiava isso também.Larguei o garfo, cruzando as pernas lentamente enquanto o observava. Ele me encarava, mas não do seu jeito habitual, sombrio e obsessivo.Não, desta vez ele parecia vulnerável.— Você ficou quieta, lindinha. — murmurou Damon. — Não me diga que eu te deixei sem palavras.Eu ri.— Você me deixou louca, Damon. retruquei. — Não fiquei sem palavras. — Ele cerrou o maxilar, mas assentiu, aceitando. — Quer dizer, você disse uma merda pra mim, sumiu e depois me sequestrou. Eu realmente quero cortar sua garganta.Ele sorriu, inclinando-se para a frente, apoiado nos cotovelos.— Faça isso. — ele desafiou, lambendo os lábios. — Corte minha garganta, amor.Coloquei meu copo na mesa e me levantei. Ele mord
JOYCE Descobri que hotel em que estamos pertence a família dele. Claro que sim. Eles são donos da cidade inteira.Desde o jantar e do anel de compromisso, ele vem me dando trabalho desde então. A suíte estava lindamente decorada, com presentes, pétalas de rosa... tudo o que você possa imaginar.Eu ainda deveria estar brava. Não me importo. Não me importo. Não me importo.Eu estava com a camisa dele, deitada na cama enquanto o serviço de quarto batia à porta. Ele estava no chuveiro, e eu suspirei, espreguiçando-me antes de ir em direção à porta.Abri-a sem hesitar. E me arrependi imediatamente. Porque não era serviço de quarto.Era uma mulher.Alta, bonita, pele morena e cabelo preso num coque. Sorri educadamente. — Oi, como posso ajudar?Então, eu o ouvi.Meu homem.Saindo do banheiro, com gotas de água caindo no corpo e uma toalha pendurada na cintura. E foi aí que tudo foi para o inferno.Porque a mulher sacou uma arma e apontou diretamente para ele.DAMONChelsea é uma assassina.
DAMON Fiquei ali sentado, olhando para o chão, com o joelho balançando, as mãos entrelaçadas com tanta força que meus nós dos dedos estavam brancos. Eu não podia perdê-la.As portas finalmente se abriram e eu pulei do meu assento. O médico caminhou em minha direção, com o rosto cansado e desgastado.— A cirurgia dela foi um sucesso. — ele disse, e eu soltei a respiração que nem percebi que estava prendendo. Mas então seus olhos se desviaram. Seus lábios se abriram como se ele não quisesse dizer o que viria a seguir. — Mas...O mundo inteiro ficou em silêncio.— Ela perdeu o bebê.Tudo parou. Meu coração. Minha respiração. Minha mente.“Ela perdeu o bebê.”Nosso bebê. Aquele que eu nem sabia que estava dentro dela. Fiquei ali, incapaz de me mover, incapaz de falar, incapaz até mesmo de respirar. A mão de Alex agarrou meu ombro. Um aperto firme.— Vá vê-la. — ele disse.Eu nem acenei. Só me mexi. Andei. A cada passo, parecia que minhas pernas nem estavam presas ao corpo. Como se eu es