DAMON — Sentiu minha falta? — Murmurei, meus lábios roçando sua orelha enquanto a faca pressionava apenas o suficiente para que ela soubesse que eu não estava brincando.Joyce prendeu a respiração, mas não se afastou. Não gritou. Ficou sentada, olhando fixamente para frente como se aquilo fosse realmente um assalto ou sequestro.Foi isso que me ferrou nela... ela se controla. A maioria das pessoas correm. Ora, eles deveriam correr.Mas ela não.— Damon. — ela disse, com a voz mais estável. — O que você está fazendo?Sorri, arrastando a faca pela garganta dela, devagar, parando bem na clavícula antes de jogá-la no banco do passageiro. Então agarrei seu queixo e inclinei seu rosto em direção ao meu.— Você não me vê há uma semana e ainda não tem medo de mim. — murmurei.Ela piscou para mim, com os cílios tremendo.— Você não me deu uma razão para ter.Essa merda fez meu coração bater de um jeito que não deveria. Passei meu polegar sobre seu lábio inferior, sentindo o quão macio ele era
JOYCE — Damon, anda logo! — bufei, tentando vestir o suéter pela cabeça, mas aquele sujeito maluco estava com os braços em volta da minha cintura, recusando-se a me soltar. — Vou me atrasar para o trabalho!— E daí? — Sua voz era grave, abafada contra meu peito. — Chame.— Rapaz, se você não se mexer...Ele se afastou o suficiente para olhar para mim, com os lábios esticados no biquinho mais ridículo e infantil que eu já vi.— Eu nem consegui chupá-los ainda, candy. O que diabos há de errado com esse homem?— Porque tenho que ir trabalhar, Damon Macclister.Ele cantarolou como se estivesse pensando nisso, mas de repente mordeu logo abaixo da minha clavícula, me fazendo ofegar. — Damon!— O quê? — Ele lambeu o local, sorrindo. — Você sabe que eu não gosto de ser ignorado, coisinha doce.— Você é tão irritante...— Fala essa merda de novo, e vê o que acontece. — Seus dedos apertaram meus quadris, seu aperto era possessivo. — Eu te desafio.Suspirei, revirando os olhos. — Você. é. ir
Damon Depois de deixar minha linda bebê, fui direto para a Macclister Enterprise. Tinha alguns negócios para resolver. Algumas papeladas, algumas reuniões e, claro, algumas pessoas para matar. Sentei atrás da minha mesa, folheando arquivos, com a mente meio no trabalho, meio na Joy. Bati uma caneta na mesa, meus pensamentos girando em espiral. Ela almoçou? Aquele tal de Jackson estava perto dela? Se eu descobrir que ele esteve perto dela hoje, sou capaz de botar fogo na casa dele. Não sei o que tem nos últimos dias, mas este é o terceiro funcionário que me rouba esta semana. E eu tenho que lidar com essa “situação”. A “situação” estava diante de mim, suando em bicas. Um idiota de baixa patente que pensava que poderia nos roubar e viver para contar a história. Suas mãos estavam amarradas atrás das costas, a boca selada com fita adesiva, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Fiquei de pé, estalando os dedos, e o homem choramingou feito um louco. Agachei-me na frente dele, inclina
JOYCE Não acredito que estou chorando por um psicopata maluco com quem eu nem estava namorando.Claro, ele transa com outras mulheres. As mulheres provavelmente se jogam em cima dele todos os dias.Mas ainda assim... ugh. Eu realmente achei que estávamos caminhando para algo. Quer dizer... Docinho parece algo que ele diria para qualquer uma mas ele estava me chamando de sua linda bebê. Me levava para o trabalho. Comprava um Starbucks para mim todo dia como se realmente se importasse se tomo meu café favorito. Fui muita ingênua de achar que ele estava só comigo?Saí correndo daquele prédio enorme tão rápido que nem olhei para trás.Ingrid estava olhando para mim, estreitando os olhos. Esperando que me acalmasse para explicar.— Certo. O que aconteceu?Funguei, esfregando o nariz. — Tinha... Tinha uma mulher seminua no escritório dele.— O QUÊ?!Estremeci com o tom de voz, mas, sinceramente, senti a mesma coisa na hora que vi. — É.Ingrid agarrou o volante com tanta força que pens
DAMON Acordei com minha boca seca, minha cabeça latejava muito e meu corpo parecia que tinha sido atropelado.Pisquei para o teto e levei um minuto para registrar onde eu estava.Não é meu escritório.Não é meu carro.A mansão.Então eu os vi.Alex e Liam estavam na minha frente, de braços cruzados, me encarando como dois pais decepcionados.Ao lado deles, nosso médico estava com uma prancheta, balançando a cabeça como se também estivesse decepcionado.Gemi, minha garganta parecia uma lixa. — Que porra aconteceu?— Diga você, seu idiota! — Sua voz era áspera, cortante.O médico suspirou. — Você teve uma overdose.— E? — Pisquei. — E?!! — Liam gritou, dando um passo à frente como se fosse me atacar. — Você podia ter morrido, seu idiota! Você quase morreu, seu filho da puta idiota!— Não me importo.O médico suspirou novamente, esfregando as têmporas. — Seu coração parou por quase um minuto inteiro antes de te estabilizarem. — Ele balançou a cabeça. — Você tem sorte de estar vivo.
JOYCE Duas semanas depois...Mal consegui chegar ao banheiro a tempo, vomitei tudo o que tinha no estômago até não restar nada além de ânsia e respiração ofegante.Isso não poderia estar acontecendo.Não, não, não, não.Só de pensar na possibilidade, meus olhos ardiam com lágrimas. Meu estômago se revirou, não de náusea, mas de pânico. Me forcei a levantar, lavei a boca e peguei minhas chaves com as mãos trêmulas.A farmácia não ficava longe, mas a viagem parecia interminável. Meus dedos batiam no volante ansiosamente, meu coração estava disparado. Assim que estacionei, corri para dentro, mal prestando atenção em qualquer coisa ao meu redor enquanto pegava o teste e jogava o dinheiro no caixa.Quando cheguei em casa, minhas mãos estavam suando enquanto eu desembrulhava a caixa. Fiz o teste, coloquei no balcão e andei de um lado para o outro no banheiro, roendo as unhas. Os três minutos mais longos da minha vida.Então eu vi.Positivo.AI MEU DEUS.Caí no chão do banheiro, de costas p
JOYCE — Não, eu não vou. — eu disse, revirando os olhos enquanto segurava o telefone na chamada de video com Ingrid e Rose.A Ingrid estava tentando me convencer a ir até lá e entrar na piscina, mas eu já sabia o que isso significava... O Damon estaria lá. Ele morava lá. E a última coisa que eu queria era estar perto dele depois de tudo.— Caramba, ele nem está aqui. — Ingrid gemeu dramaticamente. — Ele está trabalhando, eu juro.Rose assentiu. — Vamos lá, baby. Você está confinada em casa há semanas, deprimida. Você precisa disso.Suspirei, esfregando as têmporas. Eu não tinha energia para a persuasão delas em dupla. Elas continuaram divagando, e eu finalmente desisti. — Tudo bem! — gritei ao telefone antes de desligar.Levantei e fui até o meu armário para escolher um biquíni e uma roupa. Depois de me vestir, prendi o cabelo num rabo de cavalo alto, passei um gloss labial, peguei minha bolsa e saí.[...]Ingrid já estava do lado de fora me esperando, supersexy de maiô. Beijei-a
JOYCE Caminhamos pelo calçadão, a brisa do mar se misturando com a doçura do nosso sorvete. Ele meio que ainda não foi perdoado... mesmo que ele cuspa essas ameaças idiotas como se significassem alguma coisa. O problema era que meus pensamentos continuavam voltando para aquilo. Para o que eu fiz. Para o bebê que eu não tinha mais. Eu estava escondendo isso dele. Eu devia contar, mas não sabia como ele reagiria. E se ele quisesse ser pai? E se eu tirei isso dele sem lhe dar escolha? Foi egoísmo da minha parte? — Quando você vai me contar o que está te incomodando? Sua voz interrompeu meus pensamentos, me trazendo de volta à realidade. — Hmmm? — perguntei, quase engasgando com meu sorvete. Seus olhos permaneceram em mim. — Me conta. Forcei um pequeno sorriso, suspirando. Não posso contar a ele. Ainda não. Talvez nunca. — Não é nada. — menti. Sua cabeça se inclinou, sem tirar os olhos do meu. Então ele se aproximou, seus lábios quase roçando minha orelha.