Não precisei que os gritos raivosos de dona Wanda me acordassem na Segunda-feira. Levantei da cama já desperto, e muito adiantado.
Tive tempo de me arrumar com calma e tomar café da manhã com minha mãe, que estava radiante. Me despedi dela e saí de casa, já sabendo que tinha uma certa ruiva me esperando no outro lado da rua.
Valentina olha fixamente pro celular, ela parece distraída. Me aproximo devagar e puxo o celular de suas mãos, fazendo ela soltar um gritinho de susto.
— Desse jeito, você vai ser assaltada, ruivinha. — Rio do olhar mortal que ela me lança.
— Você não tem medo de morrer não, né, Helinor? — Ela abre um sorriso irônico. Seus olhos estão mais brilhantes hoje.
Apenas sorrio.
— Acho melhor nós irmos. — Entrego seu celular e ela revira os olhos, me seguindo até a moto.
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