— Tem algo que eu possa fazer para você ir embora sem que eu precise interfonar para o porteiro? — Lee negou. Seus olhos estavam dilatados e eu consegui ver pequenas manchas vermelhas entre o branco e castanho. — Estava chorando?
A última pergunta fizemos em coro e ele abriu um doce sorriso cansado que me fez suspirar como sempre me ocorria quando expressava qualquer reação tão perto de mim daquela forma.
— Não — ele disse e eu deixei um som anasalado escapar. — E você?
— Sim.
— Por quê?
— Por que o pai do meu filho é um idiota e você é outro idiota por mentir para mim e é ainda mais idiota por estar aqui tentando se justificar.
O grande homem revirou seus olhos e tentou aproximar seu rosto do meu. Porém, eu desviei e passei por baixo do seu braço direito para seguir em direção a cozinha.
A gatinha persa de cor caramelo estava sentada no balcão que separava a cozinha e a sala, ela miou quando me viu caminhar em sua direção. O que me fez sorrir para ela.
— Oi, linda — falei quan