(Filho de Lídia Velásquez)
Sempre esperei pelo dia em que encontraria o meu pai, esperei por carinho, um conselho, um abraço, esperei poder apenas participar um pouco da vida dele, e até mesmo conhecer o meu irmão, que descobri ter e fui privado de ver.
Mas os anos foram passando, e nada dessas coisas acontecerem. O pior era chegar na escola e ter que inventar a cada dia, a cada reunião, uma desculpa diferente, do motivo pelo qual, o meu pai não compareceu.
Todos zombavam de mim, eu era chamado: “do que não tem pai”, e era muito humilhante, a cada palavra de desprezo que eu ouvia, era como se fizesse um rasgo no meu peito, com uma cicatriz horrorosa. Eu só queria que aquilo acabasse.
A minha mãe nunca foi amorosa, ela sempre cuidou de mim, e não tenho do que reclamar, pois, ela fazia o que podia, para me ver bem, mas amor? Não! Nunca conheci!
Mas o pior dia da minha vida, foi quando eu soube da morte do meu pai, as notícias contando do acidente, que me deixaram muito triste e c