— Ele insiste e me manda flores todos os dias. Eu respondi.— Posso te perguntar uma coisa? Ele declarou.— Sim.— Você ainda o ama, você ainda está apaixonada por Ethan Davis?Eu respirei fundo e pensei por alguns minutos antes de responder.— Muita coisa aconteceu em muito pouco tempo. Há pouco mais de um ano e três meses, eu jamais imaginaria que hoje seria divorciada e mãe. Nem que estaríamos vivendo sob o mesmo teto, ele, meu filho, sua nova esposa e eu. Eu disse relutantemente. — Há coisas que marcam a vida, sabe, e elas também murcham os sentimentos. Porque você não deixa de amar de um dia para o outro, isso não acontece. Você não acorda um dia e diz: "Ah, eu não o amo mais!" Mas há coisas que param de ter importância para você e de lhe machucar.— E o que deixou de te machucar?— Que ele se casou com outra, que renegou o meu filho, que não acreditou em mim, que não lutou pelo nosso casamento. Eu disse séria. — Não dói mais, no começo dói, mas agora não dói mais.— E o que isso
— Não interfira, mãe. Ele ressaltou com raiva. — Meu filho não vai sair desta casa, ponto final.— Bem, veja, ele vai comigo e, para sua informação, ele não volta. Sinto muito, Amélia, mas não estou disposto a dividir o mesmo teto com esse seu filho louco e retrógrado. Estamos saindo agora mesmo! Disse Marian. O rosto de Ethan demonstrou medo. Ele queria convencê-la a não fazer a viagem, mas não acreditava que isso significaria que ela iria embora. — Eu tentei por você, Amelia, e juro que fiz o meu melhor, mas há coisas que não permitirei.— Marian. Gritou a mulher mais velha.— Você sabe que pode ver Ethmar quando quiser. Disse ela em um tom menos áspero, dirigindo-se a Amélia. — E você, é melhor ir pedir o regulamento de visitas para poder ver seu filho, porque eu não vou tolerar a sua presença quando você quiser. Disse ele, olhando para Ethan.Assim que ela passou por ele, ele agarrou o braço dela, tentando detê-la.— Não me toque. Ela disse com raiva.— Mariana, eu…— Vai se foder
— Bom dia. O detetive cumprimentou ao atender a ligação.— Bom dia, sou Ethan Davis. O Sr. Rodriguez me deu seu cartão.— Ao seu dispor, Sr. Davis.— Preciso que você me ajude a descobrir quem está por trás das fotos adulteradas que destruíram a minha vida, e também preciso que você siga a minha atual esposa. O meu advogado precisa de um motivo válido para o divórcio, e talvez você possa me ajudar a encontrar. Eu disse.— Perfeito, mas o que você acha de nos encontrarmos cedo na segunda-feira para você me dar mais detalhes? Disse o homem.— Certo, me mande o endereço e estarei aí na primeira hora da manhã de segunda-feira.Aquele telefonema lhe deu alguma esperança. Talvez se ele encontrasse o culpado e o mostrasse a Marian, ela entenderia que eles não poderiam desistir. Dez minutos depois, Isa e ele saíram da casa de Amelia. A última coisa que ele queria era estar com ela, mas Rodriguez o avisou para ser cauteloso enquanto decidiam como lidar com o divórcio.Marian— O que ele disse
Prológo— Ethan por favor. Não. Ela disse chorando.— Como você pode? Eu te amo porra. Ele gritou com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.— Essa não sou eu. Eu juro. Ela gritou.— Ah, não? Não é você? Ele gritou, mostrando-lhe novamente as fotos que haviam chegado num envelope no seu escritório.— Ethan, não sou eu. Eu não poderia te trair. Eu não posso fazer isso, porque eu te amo. Ela disse em completo desespero.— Chega! Ele declarou. — Saia da minha vida. Fora da minha vista. Eu nunca mais quero ter que olhar para você. Você não passa de uma va*dia nojenta.— Você realmente pensa isso de mim? Você realmente acha que eu teria coragem de fazer uma coisa dessas com você? Ela questionou com o coração transbordando de tanta dor.A resposta de Ethan nunca veio, o que deixou claro para ela, qual era a resposta.Episódio 1O longo corredor que leva à sala de conferências, onde, Ethan e o seu advogado estão esperando, parece mais longo do que realmente é. Na mensagem que lhe enviaram, d
MARIANEu peguei um táxi e vinte minutos depois já estava em casa. Bem, na casa onde eu moraria até aquele dia. Eu havia deixado a minha mala pronta, com o pouco que havia decidido levar. Eu entrei naquele lugar e a realidade bateu na minha cabeça. Aquela casa não seria mais o lugar onde eu veria os meus filhos aprenderem a engatinhar e andar, como eu tanto sonhara. Eu também não os via correndo, brincando e fazendo barulho, enquanto Ethan e eu sorriam felizes ao vê-los. Não seria mais o lar de minha família, a família que eu e o meu marido formariamos. Eu não conseguiu evitar que uma lágrima traiçoeira rolasse pelo meu rosto ao ver como tudo tinha ido por água abaixo.Eu subi as escadas e entrei no quarto, olhei atentamente para aquele lugar, lembrando-me de quantas vezes naquela mesma cama, fizemos amor, como dois famintos e quantos “eu te amo” foram testemunhados por aquelas quatro paredes. Eu olhei ao redor, para cada centímetro do lugar, e de repente senti como se estivesse sufoc
MARIANA casa de Olivia era um lugar humilde, mas eu agradeci a Deus por ter um teto sobre a minha cabeça. Eu tinha algumas economias com as quais podia cobrir as minhas despesas, pelo menos por alguns meses. Eu ainda precisava concluir o meu projeto final para obter o meu diploma em contabilidade, então, por enquanto, eu não poderia exercer a profissão, pelo menos não como faria se fosse qualificada.— Perdoe a humildade da minha casa, senhora. Disse Olivia, tristemente.— Foi Ethan quem nasceu em berço de ouro, não eu. Eu respondi. — Então relaxa, Olivia.— Vou comprar algumas coisas no mercado, fique à vontade enquanto eu estiver fora. Disse a mulher.Eu tirei algumas notas da bolsa e as dei para Olivia.— Use esse dinheiro para comprar o que precisamos. Eu disse. A mulher mais velha assentiu e saiu da humilde casa.Naquele momento e em meio à solidariedade que se aproximava, eu me abraçei. Esse sentimento de desolação foi superado e a dor da perda invadiu. Mas um dia eu fiquei soz
MARIANJá se passaram dois meses desde que fui morar com Olivia. Eu estava preocupada por não ter conseguido um emprego ainda. Eu conheci algumas pessoas enquanto era Sra. Davis, mas nunca me aproximei o suficiente de ninguém para ter intimidade de agora bater naquelas portas. Mas eu precisava conseguir alguma coisa, pois as minhas economias estavam no vermelho.Eu fiquei sentada em um banco por um tempo, precisava descansar os pés e não estava me sentindo bem. Eu atribui isso a tudo o que estava vivenciando. Estava claro para mim que tudo o que havia acontecido teve um impacto severo sobre mim.Notei que em um restaurante, localizado do outro lado da rua, havia uma placa que dizia “procurasse garçonete”. Era óbvio que era um lugar elegante, então eu decidi retornar no dia seguinte, para poder usar uma roupa mais apropriada ao local e assim ser considerada para o trabalho, pelo menos.— Olá, Olivia. Eu cumprimentei ao chegar.— Olá, Marian. Respondeu a gentil mulher.Elas sentaram-se
MARIANEu estava feliz, as coisas pareciam estar indo do jeito que eu queria. Olivia não só conseguiu um emprego como também estava começando o seu próprio negócio em casa, fazendo sobremesas e vendendo-as para os vizinhos. Eu estava feliz, mas ainda se sentia fraca e cansada.— Vou ao médico hoje. Eu disse assim que acordei. — É meu dia de folga, então vou aproveitar ao máximo.— Perfeito, vou com você. Respondeu Olivia, enquanto pegava a sua bolsa.— Não é necessário, posso ir sozinha. Eu respondi.— Claro que não, eu vou com você e pronto. Respondeu a mulher mais velha.Eu apenas sorri, era melhor não discutir, já sabendo como Olivia era teimosa.Fomos até a clínica, onde eu já tinha marcado uma consulta. Era um lugar simples, mas todas as especialidades estavam lá e havia até um laboratório.— Bom dia, senhorita, estou aqui para minha consulta com a Dr. Diana. Eu anunciei chegando perto do balcão.— Por favor, sente-se. Respondeu a garota em tom amigável.Depois de alguns minutos