Larissa Fernandez
O dia amanheceu, e não vi o Augusto. Abro bem os olhos, e levanto para ir ao banheiro, mas quase tive um ataque cardíaco com a visão do Hélio dentro do quarto. Encostado tranquilamente na janela grande que dá acesso ao jardim, ele me olhava tranquilamente como se fosse um morador da casa.
— Tá maluco! O que faz no meu quarto? E, o Augusto? Onde está o Augusto? — pergunto apavorada, olhando para todos os lados, a procura do meu marido ciumento, que provavelmente mataria o Hélio e eu se nos visse aqui no quarto, juntos.
— Tá tranquilo! Ele já viajou à uma hora, aproximadamente! — fala mordendo uma maçã, que eu nem havia reparado que estava comendo.
— É, mas se você tivesse investigado direito, saberia que santo e apaixonado está bem longe de adjetivos cabíveis para o Augusto! Ele é doido, ciumento, possessivo...
— Shiii! — falou colocando o dedo indicador na minha boca. — Chega! Eu quero saber de você! Ainda não mudou de ideia quanto a fugir c