Mundo de ficçãoIniciar sessãoSara dormiu a noite inteira, pela manhã acordou sentindo-se um pouco melhor, ainda tinha muita fadiga em seu corpo, efeito da fraqueza que levaria um tempo para curar. Sara levantou-se, foi até o banheiro, fez sua higiene matinal, em seguida catou uma roupa naquela bagunça, odiava aquelas roupas com todas as suas forças, eram tão apagadas, tão sem cor e principalmente apertadas e desconfortáveis, eram compradas por sua mãe, sempre em um número menor, mas bem, era as únicas que tinha, então era elas que teria de continuar usando. Já pronta, Sara sentiu sua barriga roncar, estava com fome, ao lembrar-se de que já não estava na casa de seus pais, sorriu, iria poder ter uma refeição decente, então logo caminhou em direção a porta, ao abri-la, viu Rei deitado bem em frente a porta, olhando diretamente para a mesma, Sara se assustou, mas ele não lhe fez nada parecia reconhecer os medos, as necessidades dela, então tudo que ele fez foi entrar rapidamente no quarto, subir na cama bagunçada e mais uma vez pegar o urso de Sara, ele estava animado, balançando o rabo, como se tentasse mostrar a ela que não era uma ameaça, mas logo ela saiu correndo, ele vendo, grunhiu e murchou as orelhas. Sara correu pelo corredor, sua ideia era encontrar alguém que tirasse o cachorro de lá, ao chegar na escada, esbarrou em Tales, caindo nos braços dele que a segurou com firmeza, ela ao sentir a proximidade, o corpo forte, a pele quente, o perfume amadeirado e intenso, se afastou bruscamente.
– pelo visto já está bem, e bem a vontade também, já está até correndo pela casa. — disse ele. – não, não é isso, ai Deus, seu cachorro entrou no meu quarto. – não deixe a porta aberta, já que tem medo dele. – eu não deixei, ele estava no corredor, quando abri a porta ele entrou correndo, tira ele de lá. — ela pediu em um tom assustado. – tudo bem, eu vou tirar. – Tyler caminhou até o quarto, ao entrar o viu o cachorro deitado na cama dela, com a cabeça apoiada naquele urso, seu olhar era triste, entendia bem que havia a assustado. – sai dai Rei, você está assustando a mãe dos meus futuros herdeiros. — ele assim fez, saiu da cama, mas levando o urso, Tyler logo pegou dele. – isso não é seu Rei. – com isso o cachorro rosnou e mostrou os dentes pra ele. – não adianta, não tenho medo dos seus rosnados, saia e não assuste mais Sara. Caminhando pela casa para a conhecer, Sara encontrou a cozinha, onde lhe informaram que em breve seria servido o café da manhã, ela assentiu, olhando pela porta de vidro que havia ali, ela avistou o jardim, tão verde, a brisa fresca entrava ali, mas o que lhe chamou atenção foi um gazebo coberto de flores, embaixo do mesmo uma mesa com quatro cadeiras, era tão bonito e agradável, a empregada vendo que ela estava admirada, perguntou. – quer que eu sirva o café da manhã pra você lá? – sério? – Sara perguntou empolgada. – claro. – obrigada senhora. – Sara disse animada. – é minha obrigação, e a senhora aqui é você, me chame de Catherine. – tudo bem Catherine, mas não me chame de senhora, apenas de Sara. – em sua mente, não tinham por que chamá-la daquela forma, era um casamento por conveniência e ela não se sentia senhora daquela casa. – se prefere assim. Sara estava sentada naquele lugar tão relaxante, enquanto tomava seu delicioso café da manhã, por uns segundos ela conseguia esquecer da terrível vida que tinha até uns dias atrás, ela respirava bem fundo, o cheiro das flores era delicioso, a brisa fresca lhe soprava o cabelo, paz pura, mas então ela sentiu algo úmido e quente em seu braço, ao olhar para o lado, ela viu que era Rei, seu coração acelerou, seu olhos se arregalaram, ele murchou as orelhas e grunhiu, então mais uma vez lambeu o braço. – cachorrinho bonzinho…se não me morder te dou um pedaço de pão. – ela disse com a voz trêmula, então arrancou um pedaço do pão e deu a ele, que logo pegou e balançou o rabo satisfeito, Tyler que de longe olhava a cena, riu, ela tão assustada, ainda sim, dando comida ao cachorro. – pelo visto fez amizade com ele. – disse Tyler se aproximando, ela o olhou em seguida disse. – ele não está me deixando opção, ele não vai me morder, não é? – acredito que não, se não mordeu até agora… – disse ele, mas foi interrompido por um grito de susto de Sara, quando o cachorro avançou na mão dela pegando o restante do pão. – ai Deus…ele só queria o pão, só isso. – Tyler riu, em seguida perguntou. – preferiu tomar café da manhã aqui? – sim, é lindo e aconchegante, poxa, eu deveria ter esperado pra tomar café da manhã na mesa com você? desculpe. – apenas se quisesse, sinta-se à vontade para fazer suas refeições onde achar mais aconchegante. – Tyler, obrigada por tudo. — disse ela em um tom agradecido. – eu vou sair, se precisar de qualquer coisa, fale com a Catherine. – disse ele, algo dentro de si estava satisfeito por cuidar dela, mas ele não disse – tudo bem. – ela respondeu, então ele saiu, a deixando com sua refeição e com sua companhia, que ainda não lhe passava muita confiança. – ele é tão sério né? – ela perguntou ao cachorro, ele movimentou as orelhas e soltou um grunhido, ele conhecia bem o dono, havia o assistido chorar por alguém que havia destruído seus sonhos e sentimentos, havia o feito se fechar, guardar em um local profundo dentro de si, tudo que ele julgava que poderia lhe deixar vulnerável. – você é bonzinho de verdade, ou por acaso vai me enganar e quando eu menos esperar, me morder? – ela perguntou, ele logo arrumou um jeito de comunicar-se e mostrar que não o faria, lentamente ele colocou a cabeça no colo dela, ainda com um pouco de receio, ela o acarinhou, ele fechou os olhos. – acho que seu dono mentiu quando disse que você mostrava os dentes para as pessoas. – ele que havia aberto os olhos para olhá-la falar, desviou o olhar, ficando um tanto desconfiado. – Que feio Rei, não faça isso, você é grande e assustador, mostrando os dentes só piora as coisas.






