***Capítulo 5 ***
ESMERALDA Meu primeiro dia de trabalho tinha sido exaustivo, os músculos do meu corpo gritavam estritamente por uma pausa, tudo estava limpo, o café da manhã posto na mesa. Faltava arrumar os quartos, depois podia ir ver meu irmão antes de passar pelo meu apartamento para tirar o resto do dia de folga. - Menina, menina, eu tive uma emergência familiar, eu sinto muito. A governanta Ângela disse invadindo a cozinha desesperada, pelo seu semblante, sua noite foi exaustiva, seu drama familiar afetou-a terrivelmente. - Senhor Vick, informou-me do sucedido, fique tranquila, todas as tarefas foram executadas com sucesso. Abro um sorriso largo para ela, sua noite deve ter sido difícil, ela não deixaria a mansão sob os cuidados de uma desconhecida se não fosse tão grave a sua emergência. - Você está exausta, sente, coma alguma coisa, depois vá para casa, irei assumir a partir daqui. Assenti. Estou mesmo exausta, preciso de uma noite melhorada de sono. Servi uma caneca de café e sentei no banco para desfrutar de alguns minutos tranquilos. - Empregada.. Aquela mulher irritante de novo. Ela está vestindo um vestido transparente exibindo seus seios e suas partes íntimas a todos. Uma bela combinação horrível para minha perda de apetite. - Senhorita Violeta, como posso ajudar? Governanta Ângela disse sendo educada. - Ângela, quero copo de leite e ovos mal passados. Enquanto ela falava seus dedos balançavam como se tivesse algum nojo por estar no mesmo ambiente que nós, seu rosto angelical disfarçava a megera que ela é. Deve ser difícil trabalhar para ela. - Ângela, quero somente as claras, sem as gemas. Ela deu alguns passos para sair da cozinha e Ângela suspirou drasticamente, ela como veterana não suporta ela, imagine eu como calouro? - Mulher insuportável. Ela murmurou indo até a pia para lavar as mãos. - Bom dia, peço café forte para tirar ressaca. Disse o senhor Alex, ele estava vestindo roupas elegantes pronto para mais um dia de trabalho em pleno sábado. - Bom dia senhor, um minuto, já trago. Respondi me oferecendo para preparar, A governanta Ângela está ocupada com os ovos da princesa, o mínimo que eu podia fazer era ajudar. - Deixe que faço isso. Ela disse. - Não se preocupe. Eu liguei a máquina de café, e preparei café bem forte e gostoso para o senhor Alex. - Bom dia. Cumprimentei a todos e deixei a caneca de café na mesa. - Bom dia Esmeralda, tire o dia de folga, Ângela assumirá a partir daqui. Disse senhor Vick. - Sim senhor. Eu caminhei diretamente até o quarto de hóspedes, troquei de roupas e fui me despedir da Ângela. - Você parece exausta irmã. Ricardo disse, suas mãos não estão mais geladas, seu rosto não está pálido, isso é muito bom, o tratamento está fazendo efeitos. - Foi uma noite longa de trabalho. Informei a ele. - Mana, isso é exploração. Ricardo disse horrorizado. - Claro que não, eles vão me pagar muito bem pelos meus serviços, não se preocupe, assim que você estiver fora deste hospital e saudável, nossas vidas será totalmente diferentes. - Sim, mana, você tem toda razão. Ele sorriu. - Conte-me tudo, quero saber como passou seu dia. Ricardo rapidamente falou da terapia em grupo com mais entusiasmo, ele ganhou novos amigos, falou sobre música, sobre passeios que fizeram ontem pelo hospital. Isso me tranquilizou, não estava sendo uma péssima irmã, apesar de passar tão pouco tempo com ele, Ricardo não ficava triste, éramos só nós os dois no mundo, ele é minha única família. Estava trabalhando por ele, indo atrás de cada centavo por ele. Não importavam as humilhações que passava por ser uma empregada tão nova, precisava de cada centavo que eles estavam disponíveis a me dar. Viver sem meu irmão era mais doloroso. Na manhã seguinte, eu preparei uma mochila com alguns pertences pessoais, agora que não era desempregada, havia uma necessidade de deixar algumas roupas na mansão em caso de emergência e assinar contrato de trabalho. Mesmo sem imaginar as regras da casa, eu estava disposta a aceitar o desafio levemente. - Bom dia Governanta Ângela. Eu digo depois de entrar pela porta dos fundos, Ângela estava na cozinha sentada bebendo café. - Bom dia Esmeralda, sente-se, senhor Vick enviou seu contato de trabalho. Deixei minha mochila no chão e rapidamente peguei o contato de trabalho para ler, o salário realmente era muito bom, eu tinha direito a folga nos finais de semanas, salvo se eu tiver uma emergência familiar. - Eu não posso sair no meio de semana para visitar meu irmão? Questionei a Ângela. - Eu me esqueci desse detalhe, vamos fazer assim, você pode vê-lo nas terças feiras e quintas feiras. Eram dias bons para visitá-lo, compensava muito depois de passar finais de semanas com ele. - Está ótimo, obrigada. Assinei o contrato, em seguida fui ao meu novo quarto para trocar de roupas, hoje é domingo, acredito que não tenha muito trabalho na casa. - Esmeralda. A governanta Ângela disse depois de duas batidas na porta. - Entre. Repondo enquanto desmonto minha mochila. - Este é o pagamento das horas extras. Pagamento? Tão rápido? Pensei. - Senhor Vick é muito rico, ele não explora empregados. Claro. - Obrigada. Aceitei meu primeiro pagamento. - Não vai conferir? Questionou Ângela surpresa por eu ter jogado o envelope no meio da cama. - Não. Preciso arrumar minhas roupas depois voltar ao trabalho. - Tudo bem, leve seu tempo. Assenti, abri o guarda roupa e arrumei minhas roupas em segundos, meus pijamas coloquei na gaveta, enquanto que meus cremes deixei no banheiro. Precisava de um secador para meus cabelos, na terça feira irei passar do supermercado para comprar um. - Sua comida é muito boa. Elogiou Ângela e eu sorri para ela. - Aos meus 16 anos, trabalhei em um restaurante como ajudante de cozinha, aprendi a maioria dos pratos chiques com eles, depois disso tive muita facilidade para trabalhar como doméstica. Sorrio. - Eu e meu irmão não passamos fome, ele podia estudar enquanto eu trabalhava. Digo orgulhosa. - Sorte dele que teve uma irmã tão prestativa. Quando virei o corpo, encontrei senhor Alex parado na porta da cozinha. - Boa tarde senhor Alex. - Não me culpe por aparecer aqui sempre, sua comida é mesmo deliciosa. Franzi o cenho com seu comentário duplo sentido, Ângela sorriu despreocupada. - O almoço estará na mesa em alguns minutos. Ângela disse a ele. Senhor Alex retirou- se da cozinha deixando-nos a sós. - Ouvi por alto que senhor Alex gostou muito da sua comida, se por acaso um dia meu chefe te mandar embora, ele irá te contratar na hora. - Senhor Vick está insatisfeito comigo?. Questionei rapidamente. - Claro que não. Ele está muito satisfeito com sua comida, o problema são as ficantes dele, se elas não gostam de uma empregada, senhor dispensas-as. Não brinca. Eu acabei de chegar. - Não se preocupe, você assinou contato de trabalho, não sairá daqui sem uma boa indenização. Preciso de trabalho, não de uma indenização, suspirei, que vida injusta, enquanto uns tem, outros não sabem o que comer. A lei da vida é injusta. A governanta Ângela ajudou-me a montar a mesa do almoço no jardim, por ser domingo, a casa estava deserta sem trabalhadores, nós duas éramos as únicas funcionárias fazendo horas extras. - Vick, chegamos. Essa era a voz do senhor Carlos, ele era bastante barulhento. - Cheiro maravilhoso. Senhor Samuel disse empolgado. - O que estão fazendo aqui? Senhor Vick disse, ele estava vestindo um terno de 4 peças. - Comer é claro. Eles gargalharam. - Senhorita Esmeralda, se este idiota te dispensar, apareça na minha casa por favor, sua comida é muito comestível. Senhor Carlos disse começando a comer sem esperar pelos outros. - Eu não vai a lugar nenhum, que idéia. Senhor Vick disse irritado com o comentário do amigo. - Entre na fila, eu me disponibilizei primeiro a contratá-la. - Ela não está disponível. Senhor Vick repetiu. - Ela é minha funcionária, que idéia é essa? - Se violeta pedir... Senhor Carlos fez gestos estranhos que só eles entendiam, a ficante que a governanta Ângela comentou era a senhorita Violeta. Aquela mulher irritante é pior do que imaginava. - Cale a boca. Senhor Vick ordenou. - Todos vocês irão comer na minha casa. Senhor Alex disse se cabando. - Sim sim, pelo menos lá nenhum namorada sua entra. Senhor Vick jogou uma fatia de pão na cara do senhor Carlos. - Idiota. Eles mudaram de assunto e começaram a falar sobre trabalho, não entendia nada do que falavam, o que eu entendia melhor era sobre cozinhar e tirar pratos na mesa quando terminaram de comer, para sobremesa servi bolo de chocolate amargo com cobertura de musse de chocolate, pudim e doce de mango gelado. Eles comeram tudo que servi depois pediram vinho para relaxar. A tarde ficou calma, enquanto meus patrões trocavam conversas descontraídas, governanta Ângela pediu para verificar se a sala de estar estava limpo e organizado. Depois de limpar e organizar segui algumas instruções que Ângela deixou para serem finalizados amanhã, pois ela estará ausente durante o dia. Eu estava na cozinha finalizando o jantar, estava tão distraída ouvido música que não ouvi os passos do senhor Alex até que quando notei uma sombra atrás de me, rapidamente virei e dei uma cochada no braço dele fazendo senhor Alex levar um susto daqueles. - Senhor Alex, meus Deus do céu, isso dói? Ele esfregava seu braço com força fazendo-me afirmar que b**e muito forte nele. Seus olhos estavam quase a lacrimejar de dor. Senhor Alex tem 1,70 de altura, massa corporal normal, ele é muito bonito, característica simples, usa óculos e pelo pouco que vi, aceiado. - Eu sinto muito, sinto muito. Digo rapidamente indo buscar gelo. - Eu estava curioso para saber o que estava fazendo para o jantar. Ohw. - O senhor não deve entrar na cozinha tão silenciosamente, um dia irá parar no hospital. - O quê? Ele gritou em Pânico. - É verdade, eu pensei que fosse um ladrão, imagine se eu tivesse uma faca na mão? - Faça? Ele murmurou em Pânico. - Sim, faca. - Deve doer ser cortado com uma faca. Ele fez uma careta estranha enquanto sentava para tomar ar. - Dói muito, leva dias em dor agonizante. Senhor Alex ficou em pé rapidamente. - Eu, eu, eu. Olhei para ele esperando ele terminar de falar. - Você quer sair comigo? O quê? Ele está ficando doente? Eu só bati seu braço, porquê ele está delirando? - Não, quer dizer, me ensinar a cozinhar, essas coisas. - Senhor Alex, você está doente? Eu vou chamar Ângela, você está delirando. Ele estava soando frio, mais frio que o normal. - Não, não precisa. Não precisa. Você ainda tem aquele bolo? Balancei a cabeça confirmando, claro que tem. Fui até a geladeira e cortei uma fatia generosa de bolo. - Obrigado. Senhor Alex saiu rapidamente da cozinha como se tivesse visto um fantasma, encolhi os ombros sem entender nada. Que homem estranho. - Esmeralda, porque Alex saiu tão branco? - Eu bati seu braço sem querer. A governanta Ângela começou a rir. - O que é tão engraçado? Questionei. - Menina você não percebeu nada? Perceber o quê? Escolhi os ombros voltando a mexer minha panela, pelo menos ela me entende. Essa gente rica é muito estranha. - Eu não entendi, o que eu não percebi? Desliguei o fogão e encarei-a, governanta Ângela estava tirando os copos para montar a mesa do jantar. - Alguma vez, teve um namorado ou algo do tipo? Namorado? - Eu nunca tive tempo para conhecer as pessoas. - Nunca? Por que ela está insistindo nesse assunto? - Nunca, sempre cuidei do meu irmão, trabalhar sempre foi meu objetivo, quando não tínhamos o que comer, eu pedia aos meus patrões comida, graças a Deus, nunca dormimos sem comer e foi assim até hoje. Ângela me encarou. - Agora que meu irmão está no hospital, eu fico muito preocupada se ele come ou não, mas, as enfermeiras sempre me mantém informada sobre seu estado completo. Graças a Deus ele come tudo, cumpre com toda medicação, faz quimioterapia e está muito sorridente, os médicos são positivos sobre sua recuperação. Sorrio. Meu irmão ficará bem. Eu tenho certeza que sim. - Você sofreu muito. Balancei minha cabeça. - Claro que não. - Como diz isso? Tão nova trabalhando para os outros. - O destino precisa ser cumprido para nos tornar forte.