A doce babá da minha filha
A doce babá da minha filha
Por: Ana Costa
Capítulo 1

Sofia Meireles

Estou em uma fase da minha vida em que ando sonhando com minha independência financeira, ainda moro com meus pais , sou totalmente dependente deles. Por eles , eu me dedico absolutamente ao estudo, mas eu quero conquistar o meu, caminhando com meus passos, ter as minhas coisas, um apartamento, um carro, essas coisas que todo jovem sonha.

Eu tenho 21 anos recém completados, estou no sétimo período da faculdade, e agora me encontro em uma agência de empregos, tentando encontrar algo que se encaixe no meu perfil.

Meus pais sempre me deram de tudo que puderam, os dois trabalham e ganham o suficiente para nos manter, e nos dá uma vida razoável, sem nunca deixar faltar nada. Eu amo os meus pais , e quero poder ajudá-los , então resolvi me arriscar em qualquer emprego , mesmo não tendo experiência em nada .

Eu tenho 1,65 de altura , pele clara , cabelos longos bem pretos e ondulados, meus olhos são castanhos claro, quase verde. Sou magra mas tenho alguns pontos destacados, como coxas torneadas e bumbum bem redondo.

A agente aqui da agência de empregos me avisou que havia uma vaga para babá de uma menina de 4 anos, uma família rica e um pouco exigente, porém nessa vaga eles não estavam cobrando experiência, pois precisavam com urgência.

À princípio pensei em me arriscar, mas em seguida achei melhor não , por não ter nenhuma experiência com criança, e por ser uma família de nome, achei melhor não enfrentar, afinal é uma criança merece atenção e todo cuidado, não posso fazer de qualquer jeito , resolvi continuar procurando.

Hoje é sábado, estou em casa de bobeira, cabelos lavadinhos , fones nos ouvidos , deitada na cama , viajando na música . Quando meu celular toca , vejo na tela e é a Mara da agência.

— Oi Mara, tudo bem? Alguma novidade? — perguntei esperançosa.

— Oi Sofia! É sobre aquela vaga de babá, você se encaixa perfeitamente. Eles estão com uma certa urgência em contratar, e de todas que analisei o currículo e conversei pessoalmente, você é a pessoa ideal. Mesmo sem experiência. Você quer um emprego, agarre as oportunidades pois não aparecem com facilidade — Foi firme e um pouco grossa

— Mara, mas eu nunca cuidei de criança na vida , e nem sei como faz isso - dou uma risada tentando disfarçar o nervoso.

— A senhora contratante assegurou que o neta é uma criança tranquila. Compareça a entrevista e veja como vai se sair. Daqui a uns instantes irei mandar os dados. Até mais!

Desligou.

Agora eu tenho que enfrentar, eu queria muito um emprego, e vou dá o meu melhor nessa entrevista.

Me olho no espelho , e tento ensaiar uma maneira de falar que não demostre meu nervosismo , o meu medo é de falhar . Mas preciso encarar , é só uma entrevista, minha primeira entrevista.

Recebo a mensagem da Mara, com as informações, sobre horário e local da entrevista , que será na segunda-feira. Pelo menos tenho o domingo inteiro para tentar controlar o nervosismo.

Passo o restante do sábado em casa, revisando algumas anotações da faculdade, distraindo-me para não pensar na entrevista. Domingo passo o dia na companhia da minha família, almoço agradável.

A noite começo a me preparar para a tal entrevista , separo minha roupa , uma calça Wide leg azul claro, uma blusa branca de manga longa, e um salto baixo. Essa combinação é uma tentativa de passar uma boa impressão, afinal é para uma vaga de babá para uma família rica preciso estar a altura.

Deito para dormir, preciso acordar cedo parar me preparar , e sair de casa, pois vou de ônibus e moro em um bairro distante na área nobre.

Segunda feira acordo com o despertador, tive dificuldade para dormir, pois estava bem ansiosa. Tomei um banho revigorante, coloquei minhas roupas , fiz uma make leve, arrumei meus cabelos e deixei semi preso. Tomei um café reforçado, escovei os dentes e saí às 8:30. Peguei o ônibus rápido (milagre) , e cheguei ao local, antes do horário combinado.

Chegando ao local observei com admiração a mansão luxuosa. Me identifiquei na portaria , e me avisaram que a senhora já estava a minha espera. Meu coração pulsava forte no peito, afinal era a minha primeira entrevista. No caminho do portão a entrada da casa, fui respirando fundo, tentando mostrar firmeza

Ao chegar , uma simpática e muito elegante senhora de cabelos curtos, me recebeu com um doce sorriso no rosto

— Olá minha Jovem, seja bem vinda— me cumprimentou docemente — Sente-se — apontou para o sofá— Meu nome é Leyde, sou a avó de uma linda e doce garotinha, estamos a procura de uma babá comprometida, amorosa, dedicada e pontual, e a agência indicou você, tendo essas características.

— Obrigada pela cordialidade— Agradeci — Deixe-me apresentar, Sou a Sofia, Fui indicada para essa vaga, porém preciso ser sincera, apesar de ser apaixonada por crianças, não tenho muita experiência.

— Não se preocupe minha querida, fui informada. Para mim, que sou responsável pela contratação isso não é um problema — Abri um sorriso diante de sua fala —Minha neta se chama Annelise , tem 4 anos , é uma criança muito doce e carinhosa, mas também tem muita energia— sorrimos— Aninha é uma menina alegre e muito falante, porém é só com ela conhece e convive, com pessoas desconhecidas ela tímida, e é difícil conquista-la. Ela precisa sentir segurança, esse tem sido uns dos desafios para contratarmos uma babá.

— Eu entendo — demonstrei um pouco de preocupação

— Ja tentamos algumas babás, mas a maioria ela não se adaptou. E o outro desafio ainda maior, que preciso te falar, é sobre o pai de Annelise, meu filho— observei atenta — Hugo é um homem muito ocupado, mas que ama sua filha, e é extremamente rigoroso com tudo, em relação a profissional que vai cuidar de seu tesouro— sua expressão era de preocupação e cansaço— Aninha mora com o pai, mas passa o dia comigo , pois meu filho administra nossas empresas , e eu já não tenho tanta energia para acompanhar minha neta. Preciso de alguém que me ajude .

— Entendo perfeitamente, ela não tem muito Contato com outras pessoas , certo ? - pergunto

— sim , somente com as professoras da escola , de fora. Sofia, a história de Aninha e seu pai é um pouco delicada.

— Tudo bem , me conte o que for necessário — o que será que tem de delicado ? Estou morrendo de curiosidade, pensei.

— Hugo, é um complicado, controlador e muito arrogante com as babás, ele tem dificuldade em aceitar. Ele é um pai excelente, muito amoroso com sua filha, se dedica em tudo , mas também precisa se dedicar a empresa, então minha neta fica sob minha responsabilidade durante o dia — fala procurando as palavras certas — Estamos tentando contratar uma babá ideal , mas a cada dia meu filho impõe alguma coisa, não concorda com a forma de tratamento. É tudo muito difícil, que não sei explicar o porquê.

— Dona Leyde , então ele jamais me aceitará, pois não tenho experiência— fico preocupada , porque esse homem é tão difícil? Ele nem fica em casa durante o dia.

— De início, não falarei nada a ele sobre sua experiência. Veremos a aceitação de Annelise primeiro. Sei que ele irá puxar sua ficha, mas vamos tentar. Estou sentindo que vamos consegui!

— Posso fazer uma pergunta— ela acenou positivo— é sobre a mãe da Annelise … — preciso saber para não cometer nenhum erro

— Sofia, preciso de dizer que esse é um assunto proibido nessa casa , devo lhe informar, mas também devo te dizer que ela abandonou meu filho e minha neta , assim que ela nasceu - vejo raiva em seus olhos .

— Me desculpe , não tocarei mais nesse assunto

Conversamos um pouco sobre rotina e cuidados , dona Leyde , me fala sobre tudo que preciso saber sobre a menina.

— Dona Leyde, posso conhecer a Annelise? — Sinto uma imensa vontade de conhecê-la.

— Claro minha querida — Sorriu docemente

A senhora me levou a parte superior da grande casa, e abriu a porta do lindo quarto de princesa. A pequena princesinha estava sentada no chão, com vários papéis desenhando e pintando. Então resolvi me aproximar, vendo os olhinhos tímidos de Annelise me encarando.

— Aninha, está é Sofia e ela será sua nova babá.

— Olá pequena princesa, tudo bem ? — me baixei, perguntei e lancei um sorriso tímido , olhando em seus lindos olhinhos azuis — Que lindos desenhos, sentei ao seu lado. Posso desenhar também ? — ela me encarou, mas balançou a cabeça positivamente.

Anne pegou algumas folhas em branco e me entregou, pegando uma para ela também. Passamos um tempo desenhando. Até que ela termina e me entrega seu desenho

— Eu desenhei eu e você, tia Sofia — se aproximou ficando ao meu lado.

Um gesto simples , mas já foi algo muito grandioso , perto do que sua avó me contou . Olhei para dona Leyde , e vi seus olhos que foi algo importante .

Eu e a pequena Anne, como lhe chamei carinhosamente e ela gostou, conversamos e desenhos bastante.

Vi seus olhinhos me olharem com admiração, olhei de volta para a pequena e vi , que em menos de 10 minutos , aquela criança conquistou meu coração .

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