Vitória acordou com o inconfundível barulho do alarme de seu celular, programado para as oito e meia da manhã, como de costume, apesar de naquela noite ela ter dormido bem mais tarde do que na maioria delas, o que o tornava bem mais incômodo. Desligou-o rapidamente, batendo logo os olhos no reluzente objeto que há alguns dias enfeitava sua cabeceira, e ligando o mesmo, para ouvir um som mais agradável, enquanto utilizasse os próximos cinco minutos para alongar algumas partes do corpo antes de se levantar, cumprindo o ritual de todas as manhãs.
Enquanto fazia os suaves movimentos de sempre, observava a caixinha de música: uma pequenina Torre Eiffel esculpida em ouro branco com minúsculas pedrinhas de brilhante girava dentro de uma redoma de cristal, tocando “As time goes by” em violino. Ela tinha chegado alguns dias depois de Vitória ter retornado de Paris, da viagem mais estranha de todas, na qual ela tinha vivido um dos momentos mais lindos de sua vida e, ao mesmo tempo, alguns dos m