Era uma cena tão familiar! Seus lábios se devorando, suas línguas se experimentando, os dedos dele correndo pelos cabelos dela, segurando-a firme para mantê-la perto, as mãos dela deslizando pelos músculos dos braços dele, apertando-os um pouco, e mais a cada segundo. Era uma sensação tão conhecida a do coração acelerando sem controle, dos pelos se arrepiando, da pele se aquecendo, do corpo estremecendo todo por dentro.
Ao mesmo tempo era tão estranho aquilo acontecendo de novo, depois de tanto tempo, depois de tantos anos! Era tão estranho que parecesse bom, certo, necessário, essencial, quando qualquer dado racional que os dois escolhessem levar em conta diria, certamente, que era errado, ruim, precipitado, uma atitude com potencial para o desastre absoluto.
O fato de ela estar usando um vestido simples de algodão, que deixava suas torneadas pernas e seu belo colo à mostra, e de ele estar todo despojado em uma camiseta branca de gola V e jeans de lavagem clara não havia ajudado em n