O apartamento estava mergulhado em um silêncio tenso, como se a discussão que encerrara o jantar ainda ecoasse nas paredes. As taças pela metade, as cadeiras fora do lugar e o perfume forte de Liliana no ar pareciam testemunhas de uma batalha travada sem armas — mas com verdades que cortavam mais fundo que lâminas.
Maeve se sentou devagar no sofá, como se o corpo carregasse o peso de séculos. Asher permaneceu de pé, as mãos nos quadris, os olhos fixos na porta por onde Liliana havia saído.
Tabitha, ainda com a mesma elegância de quando chegou, deixou a taça de licor sobre a mesa com um leve tilintar.
— Bom… foi mais produtivo do que eu esperava — disse, quebrando o silêncio. — Mas talvez seja hora de pensarmos no próximo passo.
— O grimório — Maeve murmurou, mais para si do que para os outros. — Ela deve ter trazido com ela, não deve?
— É provável — respondeu Tabitha, andando devagar pela sala. — Liliana sempre teve um instinto aguçado para manter