O dia estava frio, mas, mesmo assim, eu queria ficar no quintal. Tinha passado tempo demais dentro do quarto, por isso estava enrolada em uma coberta, assistindo Aninha brincar de bola com as crianças.

Minha amiga vinha me visitar todo final de semana e, com isso, fez amizade com as crianças, aproximando-se também de Eduardo, o que me deixava feliz.

— Tem certeza de que não quer entrar? — perguntou Eduardo mais uma vez, preocupado com o frio.

— Se você perguntar mais uma vez, vou jogar bola com eles.

Ele me olhou horrorizado. Tinham se passado alguns dias desde que eu tirara os pontos, mas, ainda assim, Eduardo achava que eu era de vidro. A tarde foi agradável, e Aninha me ajudou a subir para o quarto enquanto Eduardo foi dar banho nos gêmeos.

— Não sei como você tem tanta energia, ainda mais com mais um vindo. Amiga, parabéns! Eu já estou morta e com vontade de dormir três dias.

— Tem a babá, na verdade. Hoje ela está de folga e a folguista não pôde vir.

— Acho que assim fica mais fá